“Precisamos ter desprendimento”, diz Issy sobre possibilidade do MDB não indicar vice de Mabel

Felipe Cardoso e Francisco Costa

O deputado Issy Quinan (MDB) participou de um bate-papo, na manhã da última quarta-feira, 26, com jornalistas do grupo O Hoje. O parlamentar falou sobre diferentes assuntos e cenários políticos, dentre eles, claro, as eleições de 2024. Na ocasião, defendeu que o MDB, partido liderado pelo vice-governador Daniel Vilela, precisa ter “desprendimento” em relação à indicação da vice do empresário e pré-candidato da base governista, Sandro Mabel. 

Ao ser questionado se o MDB pode abrir mão da indicação de um vice para a construção de uma chapa mais ampla, considerou que o partido deve “ter a maturidade e clareza necessária para compreender o momento e acatar a decisão que for melhor para a candidatura da base aliada”. 

“O partido deve pensar menos nele nesse instante e mais naquilo que pode somar na candidatura do nosso pré-candidato na capital do Estado, que é o empresário Sandro Mabel. Particularmente, me julgo desprendido em relação a qualquer perspectiva do partido em indicar uma vaga na chapa majoritária. No meu entendimento, devemos seguir aquilo que for melhor para a pré-candidatura”, disse.

Em outro trecho, ele acrescentou que, neste momento, o que precisa ser feito é “algo para contribuir” para que as eleições sejam vencidas. “Não adianta ter alguém do partido representando a sigla se essa figura não terminar vitoriosa do ponto de vista eleitoral”. E finalizou: “Se o partido puder indicar, ótimo. Agora, eu vejo que isso não é condição imprescindível, precisamos ter desprendimento nessa hora”. 

Questionado sobre as especulações de que o PL poderia compor com a base e, consequentemente, indicar a vice, o deputado disse acreditar que o deputado Fred Rodrigues levará sua candidatura “até o final”. “O ex-presidente Jair Bolsonaro manteve a candidatura do Major Vitor Hugo ao governo de Goiás em 2022. O Fred representa, de forma muito legítima, esse sentimento e as bandeiras do bolsonarismo em Goiás. Ele é defensor de teses que são muito caras às pessoas que fazem parte dessa corrente. Então acredito que Bolsonaro, como fez com Vitor Hugo, também levará até o final a candidatura do ex-deputado”. 

Chance zero de ir às urnas

Durante o bate-papo, o parlamentar também atribuiu “chance zero” de participar das eleições de 2024 como candidato. “Fui prefeito por dois momentos consecutivos, fui agraciado com essa oportunidade, realizei inúmeros feitos e isso me consolidou como candidato único na disputa que estabelecia a perspectiva de governar vianópolis. Ao final do nosso segundo momento, cheguei com 97% de aprovação popular. Acredito que tenha sido o melhor avaliado entre os prefeitos de Goiás. E esse legado faz com que as pessoas se lembrem de mim quando são perguntadas em quem gostaria de votar nas eleições de 2024. Acho que o meu nome e presença administrativa ainda é algo fresco na cabeça das pessoas”. 

E continuou: “Sou de uma cidade pequena e pouco importante do povo de vista eleitoral. Seria uma traição da minha parte abrir mão dessa confiança e partir para um projeto que não foi colocado na mesa. Não me julgo no direito de deixar o mandato de deputado e tornar órfãs as cidades que empenharam apoio a nossa candidatura de deputado para participar das eleições deste ano”. 

O atual prefeito de Vianópolis é Samuel Cotrin (PP), político que, na avaliação do deputado, tem dado sequência ao trabalho iniciado por ele em janeiro de 2013. “Existem outros nomes que integram o nosso grupo político e se colocam como alternativas [para disputa que se aproxima], mas estou buscando a todo o instante o entendimento para que tenhamos um só candidato e o nosso grupo político não se esfacele”.