Caiado cobra definição sobre Lei de Responsabilidade Fiscal e fim de maquiagem nas contas públicas

Governador apresentou quadro crítico pelo qual passa Goiás e medidas tomadas para superar a crise

Postado em: 22-01-2019 às 09h15
Por: Redação
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Governador apresentou quadro crítico pelo qual passa Goiás e medidas tomadas para superar a crise

Eduardo Marques*

Um dia após decretar estado de calamidade financeira no Estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) revelou que a arrecadação prevista não é suficiente para pagar o salário dos servidores públicos e as dívidas com fornecedores e prestadores de serviço.

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“Estamos apresentando um retrato fiel do que está acontecendo em Goiás. Chega de orçamento ‘fake’, de maquiagem, vamos encarar realidade como é. No ano anterior, aprovaram um orçamento que previa resultado positivo de R$ 900 milhões, acabamos com R$ 3,4 bilhões negativos. Vamos atingir 82,99% com folha de pagamento do funcionalismo e mais de 30% da receita corrente em pagamento de dívidas. A conta não fecha”, argumentou. 

O governador lamentou que as gestões tucanas tenham aprovado uma emenda constitucional em Goiás para fraudar as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), isentando-se de cumprir o que determina os ditames do governo federal. Para não responder pelo crime de responsabilidade fiscal, Marconi Perillo excluiu aposentados e pensionistas da base de cálculo de “gastos com pessoal”. 

Caiado comparou a prática política de Goiás ao regime ditatorial de Nicolás Maduro, que levou a uma crise humanitária sem precedentes na Venezuela. 

“É correto que a população de Goiás tenha que trabalhar para manter a máquina do Estado, para que o governo consuma mais do que 100% daquilo que os goianos produzem e pagam em impostos? Precisamos corrigir isso, pois amanhã, esses governantes irresponsáveis, populistas, vão tentar voltar, como ‘bonzinhos’, salvadores da Pátria. Mas foram eles que quebraram o Estado e precisam responder pelos crimes que cometeram”, disse.

Medidas

O governador Ronaldo Caiado destacou, durante a entrevista à CBN, as medidas que têm tomado desde que assumiu o Estado, como o corte de 20% em todas as secretarias e autarquias do governo, a implantação do compliance público, a revisão de todos os contratos firmados pela gestão passada e auditoria na folha de pagamento. 

“Estamos trabalhando 24 horas por dia e decretei estado de calamidade financeira para poder dar total transparência à dimensão do caos administrativo que herdamos. Tenho mantido diálogo permanente com os servidores e com a imprensa. No último fim de semana, apresentei o extrato da conta do governo, recebi o Estado com R$ 11 milhões de saldo e R$ 3,4 bilhões de dívidas imediatas”, explicou. 

 

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