“Eu sei que desmamar não é fácil”, responde caiado a tucano

Momento marcou o primeiro confronto direto entre o governador e a oposição, liderada pelos reeleitos Gustavo Sebba e Talles Barreto (ambos do PSDB)

Postado em: 23-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Momento marcou o primeiro confronto direto entre o governador e a oposição, liderada pelos reeleitos Gustavo Sebba e Talles Barreto (ambos do PSDB)

A
visita do governador Ronaldo Caiado (DEM) à Assembleia Legislativa durante o
primeiro dia de trabalhos extraordinários não serviu apenas para buscar o
convencimento dos deputados estaduais e angariar votos para os seis projetos
que deverão ser apreciados neste período. O momento marcou o primeiro confronto
direto entre o governador e a oposição, liderada pelos reeleitos Gustavo Sebba
e Talles Barreto (ambos do PSDB). Quando respondia a questionamentos de
deputados na reunião da Comissão Mista, Caiado ouviu e rebateu observações de
dois ex-secretários extraordinários da gestão de Marconi Perillo: o próprio
Talles, que coordenou o finado programa Goiás na Frente, e Lucas Calil (PSD),
que teve passagem melancólica pela área de esporte. Questionado por Barreto
sobre a reforma administrativa e a extinção das pastas extras, o governador
bateu: “Sabe o que é secretaria extraordinária? É conchavo. Como o povo vai se
beneficiar? Eu sei que desmamar não é fácil, mas nós vamos desmamar”, disse,
encarando o tucano. 

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Pós jogo

Depois dos embates na reunião, o governador afirmou à
Xadrez: “ A coisa que mais gosto na minha vida é o Legislativo. A gente fala,
argumenta, tem a contradita. É o lado positivo e que, cada vez mais, exige do
estudo e da inteligência de cada um”.

Postura

Já Gustavo Sebba, que coordenou os trabalhos na comissão,
saiu com mais críticas: “o que vemos é um discurso político para justificar uma
letargia, falta de ação, inércia e incompetência, ao assumir o governo”.

NOTA COM FOTO DE GENERAL MOURÃO

Questão de família

O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, afirmou
que as investigações que envolvem o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
não afetam o governo e podem ser preocupação apenas de “pai para filho”. Segundo
Mourão, que assumiu o Palácio do Planalto com a viagem de Jair Bolsonaro a
Davos, na Suíça, o tema não é um assunto do governo. “Pode preocupar o
presidente como pai em relação ao filho. Todos nós nos preocupamos com os
nossos filhos. Acho que talvez isso aí, apesar de ele não ter me dito nada a
respeito”, afirmou. As investigações contra Flávio ganharam um novo capítulo na
última semana, quando o senador eleito conseguiu uma liminar no Supremo
Tribunal Federal (STF) para paralisar as investigações que corriam na Justiça
do Rio. Embora inicialmente ele dissesse que não era alvo da apuração, o pedido
expôs seu envolvimento. O caso veio a público a partir de relatórios do  Conselho
de Controle de Atividades Financeiras que apontam movimentações suspeitas nas
contas do senador e do ex-assessor Fabrício Queiroz.

CURTAS

Comunicação – Valéria
Torres assume a secretaria de Comunicação. Tem experiência em campanhas no
Amazonas e gestão no Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Funções – Ela
assume na próxima semana e o jornalista Vassil Oliveira permanece na
presidência da Agência Brasil Central (ABC).

De lá – Já a Secretaria
Especial de Comunicação (Secom), da presidência da República, passa por
reestruturação e será comandada por militares.

 

Conta de outro

Chega hoje à Alego projeto que altera a responsabilidade
sobre dívidas trabalhistas da extinta Celg. O governo quer que a Eletrobrás
assuma os valores entre 2012, quando a companhia passou a ser federalizada, e
2015, quando foi comprada pela italiana Enel. 

Questão interna

A escolha do deputado Bruno Peixoto para a liderança do
governo na Assembleia Legislativa causou curtos circuitos na base aliada. Pegou
mal o fato de o governador não ter escolhido alguém eleito por partido da
própria chapa.

De fora

Não há quem questione a fidelidade de Bruno ao governador,
mas deputados avaliam que ele disputou eleição em chapa que opositora a Caiado:
do MDB. A propósito, a executiva do partido já tem mandado mísseis sobre a
situação de Bruno partido.

Fica ou vai

“Mais cedo ou mais tarde, ele vai ter que tomar uma decisão.
A executiva (do MDB) tem postura e o partido tem estatuto”, adianta Paulo César
Martins. “Não é momento de se discutir partido. Agora precisamos recuperar o
estado”, desconversa o líder.

Paralisação

O Sindicato dos Trabalhadores na Educação (SINTEGO) completa
hoje o terceiro dia de trabalhos, depois de assembleia unificada entre as
categorias de servidores públicos, para fortalecer movimento de greve em Goiás.

Salário de dezembro

Segundo o sindicato, professores de 18 escolas em
Rio Verde estão parados, além de Águas Lindas, Caldas Novas, Trindade, Caçu,
Silvânia, Luziânia, Palmeiras e Orizona.  

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