Deputados se articulam para definir nomes para lideranças de partidos

Líder do governo, deputado Bruno Peixoto (MDB) e do principal partido de oposição, Talles Barreto (PSDB) comentam sobre os primeiros dias de governo

Postado em: 23-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Líder do governo, deputado Bruno Peixoto (MDB) e do principal partido de oposição, Talles Barreto (PSDB) comentam sobre os primeiros dias de governo

Raphael Bezerra*

Com a escolha do deputado Bruno Peixoto (MDB) para ser líder do Governo na Assembleia Legislativa de Goiás, grupos de oposição começam a articular para a definição dos nomes para as lideranças dos partidos e bancadas na Casa. O PSDB, partido do ex-governador, definiu o nome de Talles Barreto para liderar o partido na oposição a Ronaldo Caiado. Bruno Peixoto e Talles Barreto avaliaram os primeiros 20 dias do novo governo e comentaram sobre o Decreto que pretende assegurar Goiás entre os estados em Calamidade Financeira.

Peixoto  foi nomeado pelo governador Ronaldo Caiado (Democratas) para assumir a liderança do governo na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás nesta semana. Segundo o regimento interno da Casa, “o Líder do Governo, para todos os efeitos regimentais, será considerado coautor das mensagens oriundas da Governadoria”. Bruno considera satisfatória a atuação atuação dos primeiros dias do novo governo, que para ele, tem sido um desafio por causa da situação das contas públicas. Ele defente a aprovação pelos seus pares do Decreto de Calamidade Financeira assinado por Caiado. Já Talles Barreto (PSDB) afirmou ontem (22) em entrevista ao O HOJE que seu nome foi escolhido pelos parlamentares de seu partido para que ele esteja a frente da liderança. Contrário ao colega, Barreto avalia que o decreto pode dificultar a entrada de novas empresas no estado e mostrar uma certa fragilidade. 

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20 dias de governo

Bruno Peixoto (MDB) reforça que o governador tem se desdobrado para atender as demandas da população goiana. Segundo ele, Caiado tem buscado o equilíbrio econômico das contas públicas. “A previsão de déficit orçamentário para o ano de 2019 é superior a R$ 6 bilhões. O governador tem trabalhado muito para, como ele diz, ‘Cortando no osso, para melhorar a qualidade de vida dos goianos’, para manter os hospitais abertos, para honrar os compromissos e para pagar a folha dos servidores. Ele tem dedicado a vida pelo povo goiano”, afirmou

Já Talles Barreto criticou os primeiros dias de governo do democrata que, segundo ele, nem mesmo na visão do mais pessimista dos goianos se imaginaria um governante tão lento em resolver os problemas. “Desde a composição dos secretários que vieram de fora, o não pagamento da folha dos servidores do mês de dezembro, a tentativa de colocar Goiás no Regime de Recuperação Fiscal, enfim”, criticou.

Bruno Peixoto adiantou que o governo deve mandar, nos próximos dias, cerca de sete projetos que passarão pelo crivo dos deputados estaduais. Ele afirmou que os pares vão analisar os projetos, bem como vão fazer com o da Reforma Administrativa e o Decreto assinado pelo governador.

Para o tucano, a defesa do legado do “Tempo Novo” será uma das suas missões a frente da liderança do partido na Casa. Ele diz ainda que, estando a frente da oposição, trabalhará de forma consistente e justa para criticar tudo aquilo que não for certo. “Há muitas mentiras sendo contadas e por isso faremos uma oposição consistente, baseada em verdades e de maneira justa”, finalizou. 

Barreto criticou o Decreto assinado pelo governador. Segundo ele, “esse Decreto coloca Goiás numa situação muito difícil. Que empresa que vai querer investir num estado que está em uma situação dessa? Como que incentivos fiscais serão concedidos com um clima assim”, completou. (*Especial para o Hoje). 

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