“Não tenho o direito de desonrar Maguito Vilela”, diz pré-candidato e sobrinho do ex-governador
Nome da base caiadista na corrida por Aparecida, Leandro Vilela falou aos jornalistas do O HOJE sobre o legado do tio e as expectativas em relação a disputa que se aproxima
O pré-candidato à prefeitura de Aparecida de Goiânia pela base governista, Leandro Vilela (MDB), esteve, na manhã da última quarta-feira, 17, na sede do jornal O Hoje para um bate-papo com jornalistas do veículo. Durante a entrevista, que durou pouco menos de 1 hora e está disponível no canal O HOJE News do YouTube, o político falou sobre o legado de seu tio, o ex-governador Maguito Vilela (MDB), bem como suas pretensões para a disputa que tende a se intensificar nos próximos dias.
Vilela começou contando de sua trajetória política que começou na cidade de Rio Verde, onde foi vereador por dois mandatos. Em um deles, ocupou, inclusive, a presidência da Câmara Municipal. “Passada essa fase me tornei deputado federal e exerci essa função por três mandatos (até 2015)”. Segundo ele, nesse período foi realizado um intenso trabalho em prol do Estado com a parceria, inclusive, de Sandro Mabel (UB), à época deputado federal e atualmente pré-candidato da base governista à prefeitura de Goiânia.
Depois, Leandro falou sobre sua relação com Maguito, seu grande espelho político. “Até Maguito Vilela, as práticas de gestão não eram pautadas em favor de Aparecida de Goiânia e dos aparecidenses. A partir de sua chegada, começamos um trabalho com ele, que por sinal sempre me demandou muito”, introduziu.
Segundo o emedebista, Vilela revolucionou e tornou Aparecida no que é hoje: “uma cidade pujante, que tem um povo hospitaleiro que sabe onde quer chegar”. E arrematou: “Não vamos permitir que essa cidade volte a um passado, onde as práticas da política e de gestão não eram saudáveis”.
Na sequência, o pré-candidato aproveitou para rebater o discurso da oposição que o acusa de ser um “forasteiro”, haja vista que ele estava afastado da política há nove anos. “Estão dizendo isso. O que tenho a declarar é que Aparecida é uma cidade de imigrantes. Uma cidade de pessoas que vieram construir esse belo lugar que ocupa hoje a posição de segundo maior município de Goiás”.
Depois, invocou o atual e ex-prefeitos: “O Vilmar [Mariano] não nasceu em Aparecida, o Macedo não nasceu em Aparecida, o Ademir [Menezes] não nasceu em Aparecida, o Freudo não nasceu em Aparecida, o Gustavo [Mendanha] não nasceu em Aparecida, o Maguito [Vilela] não nasceu em Aparecida, assim como eu não nasci em Aparecida, nem o Professor [Alcides, seu principal adversário]. Então porquê eu seria o forasteiro? Mas não vou entrar nessa miudeza. O que quero é debater Aparecida”.
Maguito presente
Leandro se emocionou ao falar o que herdou de Maguito. “O espírito público, o amor, a decência, o desejo de servir as pessoas e não de usar o poder para se servir. O Maguito era um homem grande; grande em suas práticas, atitudes e ações. O Maguito faz muita falta. Ele foi um homem honrado, de história, de legado. Por isso, não tenho o direito de desonrar Maguito Vilela. Não tenho o direito de não dar sequência”.
Depois ele acrescentou que Maguito disse a um enfermeiro ainda no leito do hospital que ‘passar pela vida e não fazer nada de bom é o mesmo que não ter vivido’. “Quero poder servir aos irmãos, as pessoas. Não tenho motivos para não querer servir. Se eu não puder ajudar, não vou atrapalhar. Chance zero. Isso é um princípio de vida que carrego comigo. E é assim que vamos lutar e nos apresentar ao povo. Faremos isso com o espírito de quem quer o melhor para Aparecida.
Fator bolsonarismo
O político não demonstrou preocupação ao analisar como a força do bolsonarismo pode influir na disputa na cidade. “Governo não faz oposição a governo e temos a força mais importante em Goiás que é a do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice-governador Daniel Vilela (MDB), da primeira-dama Gracinha Caiado (UB), do ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB), ou seja, temos um time ao nosso lado. O governador tem uma boa relação com o ex-presidente por quem eu tenho simpatia e apreço. Não tenho dificuldade nenhuma, pelo contrário, sei ser um homem grande, que sabe convergir e não vou me apequenar a ponto de receber quem deseja estender a mão por Aparecida”.