Ronaldo Caiado articula e alcança vitórias em Brasília

Os senadores democratas Rodrigo Maia (RJ) e Davi Alcolumbre (AP) admitem que a presença de Caiado em Brasília e o diálogo dele entre os parlamentares foram fatores decisivos

Postado em: 04-02-2019 às 06h01
Por: Sheyla Sousa
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Os senadores democratas Rodrigo Maia (RJ) e Davi Alcolumbre (AP) admitem que a presença de Caiado em Brasília e o diálogo dele entre os parlamentares foram fatores decisivos

Apesar da derrota no processo de eleição à presidência da
Assembleia Legislativa de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) comemorou no
fim de semana a vitória de dois correligionários no comando da Câmara dos
Deputados e do Senado. Os democratas Rodrigo Maia (RJ) e Davi Alcolumbre (AP)
assumiram, respectivamente, a liderança das casas legislativas e já garantiram
apoio ao governo estadual no que for necessário. Ambos admitem que a presença
de Caiado em Brasília e o diálogo dele entre os parlamentares foram fatores
decisivos. “Quero agradecer ao meu irmão Ronaldo Caiado, que foi um grande
lutador e que construiu comigo essa eleição aqui no Senado federal”, definiu
Alcolumbre. Em vídeo, o amapaense também se colocou “à disposição dos goianos
para ajudar no momento em que se enfrenta uma grande crise no governo que
recebe uma dívida astronômica”. Sobre Maia, Caiado aponta que o deputado
reeleito à presidência da Câmara “tem competência para criar uma pauta que,
indiscutivelmente, vai tirar o Brasil dessa crise”.

Sigla reforçada

Depois de ser desidratado desde que deixou de ser PFL,
perder membros quando da fundação do PSD e de tantos outros novos partidos, o
DEM voltou ao protagonismos na política nacional em 2019.

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Números

Nem o PSL ou o PT tiveram o mesmo espaço no tabuleiro
político de Brasília. Além de Maia e Alcolumbre, os democratas já emplacaram
três importantes ministros, nas áreas de Saúde, Agricultura e Casa Civil.

NOTA COM FOTO DE RENAN CALHEIROS

Bolsonaro busca
pacificar

A eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado representou vitória
do presidente Jair Bolsonaro (PSL), sobretudo do ministro da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), mas fez com que o Planalto ganhasse um
adversário de peso : Renan Calheiros (MDB-AL). A avaliação tem
sido feita em caráter reservado por assessores presidenciais, para os quais
caberá agora ao presidente atuar pessoalmente para tentar reconstruir a relação
com Renan e reduzir os danos causados pelo envolvimento do ministro da Casa
Civil na seara legislativa. A meta é pacificar o ambiente. Em seu quarto
mandato como senador, o alagoano tem interlocução tanto com a direita quanto
com a esquerda e é avaliado como um articulador hábil. Para o Palácio do
Planalto, é preocupante tê-lo como adversário, sobretudo no momento em que o
governo elegeu a reforma previdenciária como sua prioridade em início
de gestão. A estratégia que tem sido defendida pelo entorno do presidente é que
ele entre em contato com Renan e o convide para um encontro reservado
assim que voltar a Brasília.

CURTAS

Agenda – A
reunião entre Bolsonaro e Calheiro deverá ser agendada para a próxima
sexta-feira (8), se tudo der certo na recuperação do presidente.

Segurança
Sérgio Moro disse que o projeto anticrime terá “medidas objetivas” e “fáceis de
serem explicadas” contra corrupção, crime organizado a violência.

Reunião – O
ministro da Justiça e Segurança Pública debaterá o projeto hoje em uma reunião
com governadores e secretários de segurança, em Brasília.

Correções

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, quer criar
um mutirão com o TCU para zerar os problemas com as obras e as concessões que
se arrastam desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Força de cima

A estratégia conta com apoio do Ministério da Economia e o próprio
ministro Paulo Guedes participou de encontros no órgão na semana passada para
tratar do tema. O desafio é corrigir falhas que represam ao menos R$ 100
bilhões em investimentos.

Lembra delas?

Há entraves em obras da Copa de 2014, concessões de
rodovias, algumas em Goiás; ferrovias, como a velha Norte-Sul; além de aeroportos
e portos herdados da gestão petista.

Rombo político

O secretário de Governo, Ernesto Roller, apresenta hoje às
9h30 relatório detalhado sobre o programa Goiás na Frente. Como antecipado
aqui, a dívida total com municípios chega a quase R$ 300 milhões.

Engodo

Apresentado como solução simultânea para a falta de recursos
nas prefeituras e para o amplo desgaste político dos tucanos no ano passado, o
programa definhou com falta de verbas e não atendeu nenhum dos objetivos.

Legislativo

O vereador Andrey Azeredo (MDB) e o presidente
da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, se reuniram e adiantaram parceria para o
desenvolvimento de projetos que fomentem a economia local, com geração de
emprego e renda. 

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