“Terei diálogo com Caiado”, afirma Adriana caso seja eleita em Goiânia 

Em entrevista ao O HOJE, pré-candidata do PT garante que vai dialogar com governador e citou facilidades por causa de proximidade com Lula

Postado em: 30-07-2024 às 04h23
Por: Redação
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Entrevista exclusiva de Adriana. Foto: Leandro Braz/ O Hoje

Yago Sales

Único nome feminino na corrida eleitoral à prefeitura na capital, é a terceira vez que a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT) busca chegar ao posto que o pai dela, Darci Accorsi, ocupou entre 1993 e 1996: o de prefeito. Otimista, chegou animada à sede do jornal O Hoje nesta segunda-feira (29), no Setor Sul. 

“Meu sonho é continuar o trabalho dele. Meu pai fez um trabalho humano, honesto, de combate à corrupção”, disse, logo que começou o bate-papo com repórteres do jornal O Hoje nos estúdios do Programa Momento Político.

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Reconhece que, embora não tenha nascido na cidade, veio muito cedo para a capital e passou a amá-la. “Quem tem essa capacidade, de amar Goiânia e enfrentar os graves problemas e trazer os recursos para as obras paradas? São dez mil de mães esperando vagas em Cmeis. Goiânia precisa do hospital municipal”, enumerou ela, sem economizar críticas à atual gestão, que pleiteia continuar administrando a cidade. 

Além de críticas e promessas, Adriana afirmou, categórica e predominantemente, que não vai deixar qualquer interferência ideológica impedi-la de gerir a capital. Com isto, vai dialogar com o atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil), um dos principais críticos e opositores do partido da parlamentar, o Partido dos Trabalhadores, do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ela também ressaltou a importância do vice. Não quer, como disse ela, ter um companheiro de chapa apenas com função decorativa. “Quero um que me ajude a administrar a cidade”, garantiu ela, que já sinalizou que o nome virá do PSB, sigla aliada do governo federal, representada, em Goiás, pelo ex-deputado federal Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru.

Entre uma ou outra crítica ou proposta, ela comemorou a posição de primeiro lugar na modalidade espontânea de uma das últimas pesquisas que consultou eleitores goianienses. E, ainda, a parlamentar afirmou que não vai se licenciar da Câmara dos Deputados. “São apenas 45 dias. Vamos nos desdobrar. Nós mulheres temos essa capacidade”, disse aos jornalistas do O HOJE Wilson Silvestre e Francisco Costa.

“A participação das mulheres é irreversível. Temos avançado. É a maior bancada das mulheres da história da Câmara Federal. É a política quanto de recurso vai para o Cmei e para a maior causa de morte de mulheres, que é o câncer de mama”, aponta ela que sabe que Goiânia tem 55% do eleitorado feminino. 

Accorsi fala de cuidar de mulheres que vivem no campo, nas florestas e de mulheres encarceradas. “Elas precisam ser ajudadas”, ressaltou. “Queremos e sonhamos tanto em cuidar da nossa gente em Goiânia”, diz ela que foi lembrada por um dos repórteres que, agora, tem muito a comemorar por liderar a pesquisa. 

Afinal, em 2016 ficou em quinto lugar, em 2020 em terceiro e, no início da corrida eleitoral, está liderando em algumas pesquisas. “Desde o início das pesquisas figuramos em primeiro lugar. Neste momento Goiânia passa por grandes e graves problemas”, critica. “A saúde está um caos. Uma criança ficou 30 horas sem ser atendida. Ela morreu”, relembrou. “As pessoas querem conversar. As questões nacionais não vão resolver a situação aqui”, comenta ela, acerca da polarização. 

Adriana Accorsi comenta sobre a vinda de Lula para ajudar na campanha eleitoral. “Infelizmente Goiânia não aderiu aos programas federais. Representei o governo federal e entreguei mais de 900 casas em Aparecida”, disse. Ela afirmou que o presidente ou vice-presidente devem vir entregar obras federais. 

“Não é importante, mas essencial”, resumiu ela, sobre vinda de Lula ao palanque. Afora a importância da principal liderança do PT no palanque, Accorsi reconheceu que vai, caso seja eleita prefeita, “manter um diálogo respeitável com o governador Ronaldo Caiado”. 

“Farei parcerias necessárias para trazer benefícios. Passou eleição tem que esquecer partido, trabalhar com governos estadual e federal e com prefeitos da região”, resumiu ela. (Especial para O Hoje)

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