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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Pedido da Abraji

Ministro Flávio Dino decide por auditoria nas emendas PIX

Ministro acatou argumentos apresentados pela Associação de jornalismo investigativo

Yago Salespor Yago Sales em 1 de agosto de 2024
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Ministro do Supremo Tribunal Federa

Por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso terá de dar transparência às emendas PIX. A decisão de Dino ocorreu nesta quinta-feira (1°) com o intuito de rastrear emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento da União que devem seguir critérios de transparência e de rastreabilidade.

A Controladoria-Geral da União (CGU), conforme a decisão do ministro da Suprema Corte, vai passar a auditar os repasses em até 90 dias.

Antes disso, porém, o governo federal vai liberar as emendas apenas depois de os deputados e senadores inserirem no Portal Transferegov, sítio virtual do governo federal, informações sobre as transferências, como dados envolvendo plano de trabalho, estimativa de recursos e prazo para a execução dos valores.

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A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) acionou o STF, onde protocolou ação . Para a entidade, esse tipo de emenda individual permite o repasse de recursos sem a vinculação de projetos específicos, caindo direto no caixa do recebedor e impedindo a fiscalização dos órgãos de controle.

Ao analisar o caso, Flávio Dino entendeu que os argumentos demonstrados pela entidade mostram insuficiência de mecanismos de transparência do atual modelo de repasses das emendas.

“Nesse sentido, deve-se compreender que a transparência requer a ampla divulgação das contas públicas, a fim de assegurar o controle institucional e social do orçamento público”, afirmou Dino.

Leia mais: Motivo de Flávio Dino não votar em julgamento sobre maconha

Antes de tudo, mais cedo, Flávio Dino também determinou que a adoção de regras para indicação de recursos públicos por meio das emendas parlamentares RP9, conhecidas como “Orçamento Secreto”.

Pela decisão do ministro, o governo pagará apenas aquelas emendas que respeitarem a rastreabilidade. Dino também entendeu que as organizações não-governamentais (ONGs) deverão seguir as mesmas regras quando atuarem como executoras das emendas.

O entendimento do ministro também determina que a Controladoria-Geral da União (CGU) realize uma auditoria de todos os repasses realizados pelos parlamentares por meio das emendas do “orçamento secreto”.

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP9 são inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte. No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação, apontou que a decisão continua em descumprimento.

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