Câmeras de segurança identificam um dos autores do crime de racismo contra Vereador

A agressão ocorreu no plenário da Câmara Municipal de Goiânia durante sessão

Postado em: 14-02-2019 às 19h00
Por: Jefferson Pereira dos Santos
Imagem Ilustrando a Notícia: Câmeras de segurança identificam um dos autores do crime de racismo contra Vereador
A agressão ocorreu no plenário da Câmara Municipal de Goiânia durante sessão

Walissia Albuquerque

Um dos envolvidos em crime de racismo já foi identificado pelas filmagens da Câmara Municipal de Goiânia, disse o presidente das Câmara Municipal de Goiânia, vereador, Romário Policarpo (PROS).

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Hoje pela manhã, um grupo de pessoas o chamaram de negro e macaco, durante a sessão. A informação foi dada pelo vereador, nesta tarde. Ele destacou que ainda não tem o nome do suposto envolvido.  O parlamentar acrescentou que o grupo era composto de 5 a 4 pessoas, mas infelizmente conseguiu, somente, identificar um.

Segundo Policarpo, essa não é a primeira vez que sofre racismo e  não será a última. Para ele, a situação da força para continuar representando uma grande gama da sociedade brasileira que sofre racismo diariamente.  

O caso

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Pros), foi vítima de racismo durante votação na Casa na manhã desta quinta-feira (14/02).

Uma das matérias que poderia ser analisada era a reforma administrativa, que prevê aumento de cargos comissionados na Câmara, de autoria do presidente. Com isso, manifestantes compareceram ao plenário para protestar contra a decisão.

Enquanto os vereadores discutiam outras matérias, pessoas na galeria, entre elas integrantes do Movimento Brasil Livre e do Partido Novo, gritavam e chegaram a dirigir ofensas racistas a Policarpo, que é negro, e foi chamado de “macaco”.

“Gostem ou não um negro é presidente dessa casa, racismo é crime”, disse Policarpo antes de suspender a sessão. No retorno, o filiado ao Pros encerrou o plenário e disse que o responsável será investigado após ser identificado.

“Se eu numa posição de poder sofro com racismo, imagina o que jovens negros não passam na rua? Isso tem que ser apurado, é crime!”, finalizou.

Com o encerramento da sessão, a discussão da reforma foi adiada para a próxima semana. O texto prevê aumento de 121 para 130 cargos comissionados.  

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