Líder desafia: “Não existe laranjal e que venha a investigação”

Delegado Waldir Soares avalia que o tratamento da questão pelas redes sociais do presidente é um bom sinal

Postado em: 15-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Delegado Waldir Soares avalia que o tratamento da questão pelas redes sociais do presidente é um bom sinal

Depois de o próprio presidente Jair Bolsonaro considerar a
demissão do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, caso seja confirmada
participação dele em esquema com candidaturas laranja em Pernambuco, o líder da
bancada do PSL na Câmara dos Deputados, o goiano delegado Waldir Soares, saiu
em defesa do ex-presidente do partido. “Particularmente e em nome da liderança
do PSL, sou contrário à saída do ministro Bebianno. Não passa de ilação essa
história de candidatura laranja porque não se pode prever qual candidato ou
candidata vai ter uma boa votação e os investimentos têm de ser feitos da mesma
forma. Não existe laranjal e que venha a investigação”, desafia o deputado.
“Nenhum presidente de partido tem bola de cristal para adivinhar a quantidade
de votos que cada um vai ter”. O líder de bancada ainda avalia que o tratamento
da questão pelas redes sociais do presidente é um bom sinal: “Os filhos do
presidente não vão se calar e nós não discutimos assuntos nos porões, de
madrugada. Temos uma nova forma de fazer política”.

Reações

Internamente, Gustavo Bebianno tem demonstrado forte mágoa
com todo o episódio de fritura a que está sendo submetido pelo presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o
vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro.

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Guerra

“Não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado. É preciso
ter um mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo”, desabafou
Bebiano em uma conversa com interlocutores.

NOTA COM FOTO DE ROMÁRIO policarpo

MP questiona projeto

O Ministério Público de Contas, em atuação do procurador do
Tribunal de Contas dos Municípios, Fabrício Motta, expediu recomendação pela
suspensão da tramitação do projeto de Lei da Mesa Diretora da Câmara Municipal
de Goiânia que cria novos 130 cargos e outras funções gratificadas para atender
gabinetes e comissões da Casa. No ofício encaminhado ao presidente, vereador
Romário Policarpo (PROS), o procurador do TCM aponta que o aumento de gastos do
Legislativo, mesmo que não resulte em elevação da verba destinada pelo
duodécimo constitucional, não deve ser confirmado “seja por violar a moralidade, razoabilidade ou outro valor
albergado no regime jurídico administrativo-constitucional, além de ofender a
Constituição”. O documento ainda destaca o fato de que a Casa possui apenas 146
servidores efetivos enquanto registra 464 servidores comissionados, de acordo
com a folha de novembro de 2018. “Os números demonstram a espantosa proporção
de 76% de servidores comissionados, com vínculo precário, e 24% de servidores
efetivos, com vínculo permanente”.

CURTAS

– À margem de qualquer questionamento
sobre ações à frente do cargo, são completamente condenáveis os ataques
racistas sofridos ontem por Policarpo.

Transparência
Sobre o projeto que cria cargos, o presidente afirma que há transparência,
mesmo com inclusão de última hora para votações em plenário.

Para depois – O leilão
de dois veículos de luxo da governadoria para doação ao Hospital Materno
Infantil (HMI), que ocorreria hoje, foi adiado para 14 de março.

Agência reguladora

Exatamente no dia em que foram completados dois anos da
venda da Celg-D para a multinacional italiana Enel, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) confirma que a distribuidora mantém Goiás como o pior
serviço em ranking nacional.

Punição

O órgão do governo federal de regulação e fiscalização do
setor elétrico, já apresentou R$126 milhões em multas à Enel Goiás como
compensação pela baixa qualidade da distribuição de energia em 2017 e 2018.

Cobrança

O diretor da agência, Rodrigo Limp, informou em Goiânia que
será realizada hoje, em Brasília, reunião entre o presidente da Enel Brasil,
Carlo Zorzoli, com a direção da Aneel, para discutir o caso do atendimento aos
goianos.

O retorno

Depois de tentar defesa jurídica, a última nota do ex-governador
Marconi Perillo (PSDB) buscou rebater politicamente declarações do governador
Ronaldo Caiado (DEM), que replicou notícia sobre recuperação de R$ 3,4 bilhões junto
ao tucano.

Recado

“Pare com demagogia barata e irresponsável. Comece a
trabalhar, Caiado. Sua incompetência está frustrando os seus eleitores”,
afirmou Perillo no texto. 

Limite prático

O discurso político de Marconi tem um limite
prático: as tantas ações a que responde na Justiça pelos mal feitos à frente do
estado. Caiado usou as redes sociais para, de novo, pedir o retorno de verbas
desviadas para recuperar o caixa do estado. 

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