Presidente descarta corte de ponto dos gazeteiros na Alego

Segundo Lissauer Vieira, a saída para garantir os trabalhos com tranquilidade é o diálogo

Postado em: 20-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo Lissauer Vieira, a saída para garantir os trabalhos com tranquilidade é o diálogo

Com amplo quórum na primeira sessão ordinária do ano, o
presidente da Assembleia Legislativa chegou a uma conclusão sobre a proposta de
estabelecer o corte de ponto dos deputados que faltarem, sem justificativa, os
compromissos em plenário e nas comissões. Segundo ele, a saída para garantir os
trabalhos com tranquilidade é o diálogo. “Todos viram o comprometimento dos
deputados hoje. Estamos começando uma nova legislatura e tenho certeza que
vamos, na base do diálogo, mostrar a importância de estarem presentes no
plenário”, estabelece o presidente que, antes do início dos trabalhos, dizia
que ainda não tinha opinião formada sobre o tema tão discutido no mandato
anterior. Lissauer, que é de Rio Verde, considera que alguns deputados podem
mesmo encontrar dificuldades para registrar presença pontualmente na Casa, mas
que são situações pontuais justificáveis pelo trabalho nas bases pelo interior.
“Vamos conscientizar a todos e tenho certeza que essa legislatura será ainda
mais comprometida”, espera o presidente.

Ambrosia

Com projetos menos polêmicos enviados, como antecipado ontem
pela Coluna, o governador Ronaldo Caiado (DEM) tem efetivado ações de
aproximação com a base aliada na Casa. Recebeu todos ontem à noite em jantar no
Palácio das Esmeraldas.

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Em formação

Com agenda semanal com o governador, Lissauer ainda defende
a independência, mas avalia a formação da base governista. “A formatação da
base está a cargo do líder, mas vai ser tranquilo, com respeito, mesmo com os
debates que deveremos ter”.

NOTA COM FOTO DE SÉRGIO MORO

JUIZ X MINISTRO

Como juiz, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública,
Sergio Moro, não poupava palavras para defender a criminalização do caixa dois.
Termos como trapaça, “especialmente reprovável” e “sem justificativa
ética” foram algumas das expressões usadas pelo ex- magistrado que conduziu a
Operação Lava Jato. “Muitas vezes [o caixa dois] é visto como um ilícito menor,
mas é trapaça numa eleição”, afirmou o então juiz, por exemplo, durante
audiência na Câmara, em agosto de 2016. Ontem, no entanto, ao justificar o
fatiamento do pacote anticrime proposto pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL),
Moro afirmou ter atendido à queixa de alguns políticos de que “o caixa dois é
um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, crime organizado e
crimes violentos”. O ministro e definiu: “Fomos sensíveis”. A criminalização do
caixa dois é um dos pontos do pacote que enfrenta maior resistência à aprovação
no Congresso. Moro assumiu tom mais ameno do que o das sentenças em que declarava
que a prática causava “prejuízos ao processo político-democrático”.

CURTAS

Pede música
Escolhido por Caiado para a PGJ, Aylton Flávio Vechi, ficou em terceiro na
última lista tríplice do MP, mas é a terceira vez que ele fica entre os mais
votados.

Carreira – Vechi
chegou a ser o mais votado em lista anterior, mas foi preterido. Foi
subprocurador-geral de Justiça e integrou o conselho superior por 11 anos.

Oportunidade – A
Saneago abriu processo seletivo para contratação de cinco profissionais de nível
médio. Período de inscrições termina hoje.

 

 

Apaziguou

O deputado Karlos Cabral (PDT) já não cobra o compromisso –
fechado para a eleição de Lissauer à presidência da Alego, de que presidiria a
Comissão de Constituição e Justiça. É que foi agraciado com a vice na CCJ e o
comando da Comissão de Finanças.

Escolhas

“Penso que foi melhor para a Casa. Estou aqui há seis
mandatos e estou preparado para comandar essa que é a principal comissão”,
afirmou, sem modéstia, o deputado Humberto Aidar (MDB), que assume a CCJ.

Na mira

Mesmo parlamentares autores de requerimentos para criação de
CPIs na Alego alegam que a intenção não é perseguir tucanos ou politizar as
investigações. Serão apurados os incentivos fiscais, a venda da Celg e as obras
paradas. Preparar, apontar…

No vermelho

A publicação do orçamento do governo para 2019 no Diário
Oficial do Estado de Goiás aponta um déficit primário de R$6,3 bilhões, conforme
previsto e reforçado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).

Caixa operante

A partir da publicação da Lei Orçamentária Anual, a máquina administrativa
começa a funcionar normalmente para pagar programas e destinações específicas.
Ao mesmo tempo, a gestão pode empenhar despesas sem as limitações anteriores.

Até o infinito

Contra todas as previsões, o PSDB voltou à mira
da operação Lava Jato. Depois da 60ª fase, Aloysio Nunes pediu demissão do
governo de São Paulo, de João Dória. 

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