Setor produtivo organiza reação contra novo corte de incentivos

Rubens Salomão

Postado em: 01-03-2019 às 20h01
Por: Sheyla Sousa
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Rubens Salomão

Não foi bem recebida a repetição do discurso de austeridade
da secretária da Economia, Cristiane Schmidt, que rodou na última semana em
reuniões com os setores político e empresarial do estado. Primeiro em reunião
da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa e depois no diálogo com os
sindicatos representados na Federação da Indústria de Goiás (FIEG), e
economista carioca pediu ajuda para “cortar gorduras” na concessão de
benefícios como incentivos fiscais e créditos outorgados. Mas solicitou
justamente àqueles que buscam formas de manter ou até aumentar o estímulo à
produção em Goiás. 

Pelo apurado pela Coluna junto a lideranças empresariais
presentes na reunião com a indústria, a avaliação do setor é que a Justiça
deverá ser buscada, caso o governo estadual volte a propor cortes – avaliam que
se trataria de “quebra de contrato” e que empresas de fato deixariam o estado e
muitas, como já ocorre, desistiriam de se instalar por aqui. “A secretária
abriu um diálogo, mas não conhece as peculiaridades de Goiás”, afirma um grande
industrial.

Movimentação

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A escolha do goiano Paulo Afondo Ferreira para a presidência
da CNI foi marcada por otimismo na repercussão entre os industriais em Goiás.
Esperam que a influência nacional possa resultar em novos investimentos.

Nova agenda

O presidente da Adial, Otávio Lage Filho, tem acompanhado o
discurso defendido pela secretária de Economia e já buscou agenda para
conversa. Bom lembrar que o acordo fechado em 2018 volta a ser debatido em
setembro.

Lissauer nega
filiação

O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira,
confirmou que recebeu convite para se filiar no MDB, mas descartou a
possibilidade de deixar o PSB. O convite para ir para a sigla emedebista
partiu, segundo o próprio Lissauer, do presidente do partido em Goiás, Daniel
Vilela. “Não tenho motivos para trocar de legenda e nem posso, por conta
da janela partidária. 

No entanto, agradeço o convite feito pelo Daniel Vilela e
pelo MDB de Rio Verde”, assinalou. Por trás do chamado, está a busca do
presidente regional do MDB por lideranças que supram a expulsão do prefeito de
Rio Verde, Paulo do Vale, depois de processo aberto pelo grupo vilelista por
conta do apoio do prefeito à candidatura de Ronaldo Caiado (DEM) na eleição do
ano passado. 

A intenção é reorganizar o partido em torno de nomes que possam
embasar projeto para a disputa pela prefeitura em 2020. “Foi apenas um convite
que recebi com alegria. Sigo no PSB”, definiu Lissauer. O presidente da Alego
informou com exclusividade à Coluna que não pretende ser candidato, mas terá
indicado.

CURTAS

Caiadistas – Paulo
do Vale pode se filiar ao Podemos. O deputado federal José Nelto, presidente do
Podemos em Goiás e também ex-emedebista, fez o convite.

Há disputa – Para
ir direto e sem escalas para a base de Caiado, Paulo ainda pode aceitar ida
para o DEM. Só falta acertar contrapartida no governo.

Frequentadores
Habeas corpus de João de Deus virou batata quente no STF. Após Gilmar Mendes, Luiz
Fux alegou “motivo de foro íntimo” para não relatar o processo.

Explica aí!

O Ministério Público Federal em Goiás abriu investigação
sobre autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aumento
da tarifa cobrada pela Enel Distribuição, mesmo sem cumprimento de metas de
investimentos.

No bolso

A revisão tarifária é apurada pela procuradora Mariane
Guimarães de Mello a partir de representações de diversos consumidores. O reajuste
autorizado pela Aneel  foi, em média, de 18%. A inflação no
período ficou em 4,48%.

Demanda básica

A prefeitura de Anápolis atendeu demanda acumulada por
décadas na cidade e entregou escrituras a 50 família dos conjuntos Filostro
Machado e Habitacional Vila Feliz – 1ª etapa, que viviam de forma irregular em
áreas públicas.

Projeto

A iniciativa do prefeito Roberto Naves (PTB) faz parte do
programa de regularização fundiária da prefeitura, que garante aos moradores a
propriedade legal das áreas e, principalmente, possibilidade segurança jurídica.

Segurança

O Tribunal de Justiça deferiu liminar pedida pela
procuradoria-geral de Aparecida de Goiânia e declarou a ilegalidade da greve dos
guardas municipais da cidade, que se aproximava de 10 dias.

Determinação

Os servidores devem
desocupar o quartel da Guarda Civil e devolver todas as viaturas que foram utilizadas
pelos grevistas para a mobilização da categoria.

 

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