“Não me desanimo com as críticas”, garante líder de Bolsonaro

Rubens Salomão

Postado em: 10-03-2019 às 19h40
Por: Sheyla Sousa
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Rubens Salomão

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) mantém a
confiança no próprio presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e no ministro da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, para cumprir o desafio de ser o líder na Câmara federal de um
governo recém eleito e que ainda patina para conseguir conquistar uma base
sólida. Para complicar, Vitor Hugo precisa correr para garantir os 308 votos
necessários para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da
reforma da Previdência. E as cabeçadas do governo dentro do Executivo, que
respingam na atuação no Congresso, não ajudam o trabalho do deputado. Ao
contrário. Ele está na mira da situação e da oposição e recebendo críticas de
todos os lados. O principal motivo seria a sua inexperiência. Vitor Hugo rebate
em entrevista à Revista Exame: “Vejo com humildade as críticas, mas não me
desanimo”, diz ele. “A forma como se deu a eleição, que resultou em um Congresso
com vários partidos e sem loteamento de ministérios, fez com o que governo
demorasse mais para formar a sua base. É uma mudança de paradigma.”

Colado

O líder de Bolsonaro se apoia na atuação de Onyx e de outros
auxiliares da presidência que são os responsáveis pela liberação das duas
principais moedas de troca em Brasília: cargos e emendas parlamentares.

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Prazos

O presidente Bolsonaro acredita que a reforma da Previdência
será aprovada ainda no primeiro semestre de 2019 e que o Congresso “não pode
levar um ano” para analisar a proposta. Falta ainda enviar as mudanças para
militares.

Municipalista

O Presidente da Federação Goiana de Municípios, e
vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios Haroldo Naves (MDB), convidou
o governador Ronaldo Caiado (DEM) para ser o Coordenador da mesa do Fórum de
Governadores. O debate está marcado para às 15h do dia 10 de abril, durante 22ª
edição da ‘Marcha a Brasília em Defesa
dos Municípios’, entre 8 e 11 do próximo mês, em Brasília. A Marcha é o
grande evento municipalista do ano e reúne os mais de 5.000 mil prefeitos de
todo o Brasil. Nesse ano o tema será “Unidos Pelo Brasil”, na marca de 100 dias
do mandato de Jair Bolsonaro. A nova presidência, que mantém o lema “mais Brasil
e menos Brasília”, anima os gestores municipais, mesmo depois de quase 30 anos
de seguidas manifestações pela revisão do Pacto Federativo, que hoje concentra
mais de 70% da arrecadação nacional na União. “Ronaldo Caiado tem uma larga
experiência, contribuiu muito para os Municípios em mais de 20 anos no
legislativo, por isso a sua importância de ser o coordenador da mesa”, defende
a FGM.

CURTAS

Guru – Seguidores
de Olavo de Carvalho acusam os militares
de tentarem isolar o pupilo do escritor no governo: o ministro da Educação,
Ricardo Vélez Rodriguez.

Memória – Olavo
usou as redes sociais na última semana para pedir a seus alunos que deixem os
cargos na gestão, depois que foi informado do expurgo.

Canelado – A Rede
Sustentabilidade, de Marina Silva, desistiu da fusão com o PPS. Reclamaram de
falta de diálogo com o PPS nas articulações.

Encontro

Como adiantado aqui, Ronaldo Caiado e Iris Rezende voltam a
ter reunião nesta sexta-feira (15), quando debaterão problemas e soluções para
o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.

Retirada

Não pegou bem na prefeitura a decisão do governador de
retirar seus representantes da CDTC e a AGR da missão de fiscalizar o sistema.
Para o prefeito, há previsão legal sobre atuação do estado nos interesses
intermunicipais.

Debate aberto

A ex-secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, e o titular de
Finanças de Goiânia, Alessandro Melo, debateram ontem nas redes sociais sobre o
papel dos servidores na recuperação das finanças públicas.

Cortes

Ana Carla defende “racionalização de gastos, revisão de
carreiras para garantir diferenciação e valorização dos que entregam mais”.
Ainda acredita em “planejamento da força de trabalho para evitar inchaço da
máquina”.

Investimentos

Já Alessandro rebate: “Melhorou muito o discurso. A culpa do
inchaço não dos servidores, os gestores políticos é que nos trouxeram até aqui.
E os servidores são um dos caminhos para voltarmos aos trilhos”.

Chuva e buraco

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) já empregou
600 toneladas de concreto asfáltico nas ruas de Goiânia. Cerca de 120
servidores atuam na manutenção. 

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