Empresários são presos suspeitos de negociar contratos fraudulentos com a Câmara

Segundo as investigações, empresas foram contratadas, porém não prestaram regularmente os serviços para a Casa

Postado em: 27-03-2019 às 14h00
Por: Redação
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Segundo as investigações, empresas foram contratadas, porém não prestaram regularmente os serviços para a Casa

Eduardo Marques

Quatro empresários foram presos nesta quarta-feira (27) durante a deflagração da sexta fase da Operação Mãos à Obra, que apura supostas irregularidades em contratos celebrados pela Câmara Municipal de Planaltina de Goiás com algumas empresas na gestão do ex-presidente André Luiz Magalhães (Pastor André). As ordens judiciais acolhendo os pedidos do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) foram expedidas pelo juiz Gustavo Costa Borges.

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São investigados nesta etapa os contratos firmados pela Câmara de Vereadores com as empresas Líder Radiodifusão, de propriedade de Fábio José de Souza Rodrigues e Jonathan Martins Rodrigues, e Talismã Veículos, que tem como sócio Juliano Igor Caixeta e como procurador Anderson Dias Campos. As empresas têm sede em Formosa.

Segundo o MP-GO, as empresas venceram procedimentos supostamente licitatórios fraudulentos realizados pela Câmara na gestão do ex-presidente em 2017, que resultaram na contratação de uma empresa de publicidade e na aquisição de veículos para o Legislativo municipal. Os contratos assinados, à época, envolveram valores totais, respectivamente, de R$ 72.050,00 e R$ 257.200,00.

De acordo com as investigações, quanto ao ajuste relativo à publicidade, a investigação detectou que o procedimento licitatório teve documentos forjados, não existindo nenhuma licitação destinada à contratação de empresa especializada em serviços de assessoria de comunicação no âmbito da Câmara e não tendo a Líder prestado qualquer serviço ao Legislativo. No caso do contrato dos veículos, embora ele envolvesse quatro carros novos, apenas dois foram entregues, segundo apurado.

A equipe de reportagem do jornal O HOJE entrou em contato por telefone com a Câmara Municipal de Planaltina de Goiás, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. As defesas dos suspeitos não foram localizadas. 

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