Em homenagem, senadores falam em regras especiais para bombeiros

Durante sessão solene, políticos defenderam normativas diferentes na aposentadoria dos bombeiros militares

Postado em: 29-03-2019 às 17h10
Por: Suzana Ferreira Meira
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Durante sessão solene, políticos defenderam normativas diferentes na aposentadoria dos bombeiros militares

Em sessão solene do Senado em homenagem aos bombeiros que
atuaram no resgate de sobreviventes e nas buscas aos corpos das vítimas do
rompimento da barragem de Brumadinho, realizada hoje (29), senadores
defenderam regras diferenciadas para a aposentadoria de bombeiros
militares.

“A sociedade precisa entender que até a
reforma da Previdência tem as suas particularidades. Vocês têm o risco da
própria vida. Precisam entender que é um trabalho diferenciado, então, precisa
ser uma reforma diferenciada para vocês. A gente precisa tornar isso público.
As pessoas precisam ter esse
conhecimento para que não caia sobre vocês a responsabilidade de que são vocês
que estão trazendo prejuízo para a Previdência”, defendeu o senador Marcos do
Val (PPS-ES) apoiado por diversos senadores. 

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Ainda
segundo o senador, um regime diferenciado para os bombeiros militares é o
mínimo que pode ser feito para que as famílias desses profissionais se sintam
amparadas, caso ocorra qualquer incidente.

Homenagem

Além
do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, corporações de outros estados
que enviaram homens para trabalhar nas buscas de vítimas do rompimento da
barragem foram homenageadas. “Apesar da tristeza que tomou conta das
pessoas de todo o mundo, a chama da salvação se acendeu com a atuação dos
senhores, que dia e noite trabalharam para salvar as vidas e também para
resgatar os que sucumbiram à lama e permitir que suas famílias pudessem tocar
pela última vez os entes queridos que se foram nesta impronunciável tragédia”,
disse a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), autora do requerimento da
homenagem.

Entre
os homenageados, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas
Gerais, coronel Edgard Estevo da Silva destacou a atuação conjunta com
outros órgãos como a Defesa Civil, a Policial Miliar e a Polícia Civil de Minas
Gerais e o apoio de vários estados e do governo federal.

Para
o coronel, os bombeiros militares que atuaram em Brumadinho são representantes
de um grande grupo, devotado e dedicado no mais elevado nível, pois oferecem a
sua vida para salvar o próximo.

“A
busca incessante de todos eles, mesmo que rastejando no verdadeiro vale da
sombra da morte, com valor, sem temor, será exemplo para todo o Brasil de
dedicação extremada! Continuaremos todos os dias de forma incansável, pois o
que move o bombeiro militar é o desejo de ser útil ao próximo. Apesar dos
riscos, das adversidades, a oportunidade de exercer esse sacerdócio é uma
dádiva pela qual só nos cabe agradecer a Deus”, afirmou.

Histórico

O rompimento da barragem da Mina do Córrego do
Feijão, em Brumadinho, aconteceu no dia 25
de janeiro
 de 2019. O balanço mais recente da Defesa Civil
de Minas Gerais aponta 216 mortos, 88 desaparecidos e 395 pessoas localizadas.
Além de soterrar centenas de pessoas, a lama tóxica contaminou o Rio Paraopeba,
afluente do Rio São Francisco. (Agência
Brasil
)

 

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