Secretário defende uso de salas modulares

Secretário Municipal da Educação de Goiânia, Marcelo Ferreira da Costa solicita maior descentralização de recursos da educação para investimento em educação infantil

Postado em: 24-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Secretário Municipal da Educação de Goiânia, Marcelo Ferreira da Costa solicita maior descentralização de recursos da educação para investimento em educação infantil

Raphael Bezerra*

O secretário Municipal de Educação de Goiânia, Marcelo Ferreira da Costa, ressaltou o uso de salas modulares para atender o déficit de vagas na educação básica. Ao O Hoje, Marcelo garantiu a criação de 1820 vagas a serem entregues para a educação nas próximas semanas. Ferreira assegurou ainda que o custo das salas modulares que estão sendo licitadas pelo Paço Municipal são mais baratas do que o modelo de sala física definido pelo Ministério da Educação. O titular da pasta argumenta que as estruturas estipuladas pelo MEC desde 2010 custam aproximadamente R$ 200 mil cada. Em contrapartida, os containers que serão comprados têm custo médio de R$ 80 mil. Ao todo, serão disponibilizadas 69 salas modulares.

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Outro ponto apontado pelo secretário para adoção do modelo é o prazo – inferior ao da construção. Segundo Marcelo, leva-se em média dois anos para a construção de uma escola de alvenaria. “Em 2017 eu perguntei a população qual era a principal demanda no momento. Eles disseram que era a falta de vagas. Então precisamos tomar uma decisão. Optamos por continua a construir as salas tradicionais mas precisamos também de uma solução mais imediata. Com isso começamos a alugar prédios e a licitação das salas modulares. Em média, se leva dois anos para construir uma escola tradicional”, afirma

A Secretaria Municipal de Educação (SME) vem enfrentando uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) pela Câmara Municipal de Goiânia. A presidente da CEI, vereadora Sabrina Garcez (sem partido), criticou a medida adotada pelo município e também o custo das estruturas. “A Prefeitura contratou centenas de salas modulares a um preço individual de aproximadamente R$ 96 mil. Para a construção de salas de aula convencionais, o custo seria pelo menos a metade desse valor”, disse. 

Instaurada em fevereiro, CEI da educação visa investigar contratos de gerenciamentos de serviços como reformas, compra de alimentos, materiais de limpeza e higiene e alugueis de veículos. O período das investigações abrange o início de 2017, ou seja, o primeiro ano de mandato de Iris Rezende (MDB).

Colaboração

Para o secretário, a Câmara Municipal, através da CEI, está fazendo seu papel de fiscalizador além de afirmar que as ações do poder executivo são de prestar contas. “Todos os documentos solicitados estão sendo entregues. Até agora, foram 36 requerimentos com cerca de seis itens cada. Nós já entregamos 900 mil cópias de documentos”, explica.

O secretário diz ainda que há uma dificuldade devido ao volume de documentos requisitados, e que para dar conta da demanda tem priorizado as informações mais relevantes. A Comissão solicitou todos os contratos temporários, são mais de 2 mil contratos com 10 a 15 páginas cada um. “Não podemos organizar uma força-tarefa para tomar conta da demanda. Estamos realizando os pedidos de maneira conjunta, pois se deslocarmos uma equipe para cuidar somente disso, nós deixaremos de fazer o nosso principal papel na secretaria que é fazer educação”, afirmou.

Além do volume de informações solicitadas, o secretário também explica que há pedidos esmiuçados e que levam mais tempo para serem concluídos. “Tivemos uma solicitação dos dados em forma de tabela analítica do uso do Fundeb. Como é um dado contábil, é necessário a intervenção de outro departamento e leva mais tempo para ser entregue”, avalia. (*Especial para O Hoje) 

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