Ritmo para eleição municipais em 2020 esquenta

Raphael Bezerra*

Pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2020, os partidos políticos já preparam para lançar nomes e disputar as os cargos municipais no Estado de Goiás. O Partido Novo, por exemplo, realiza chamada para o processo seletivo em diversos municípios goianos. Com uma seleção nada tradicional, quem estuda a possibilidade de se candidatar pelo partido passa por um extenso processo seletivo. O PSL Goiás, liderado pelo deputado federal, Delegado Waldir, também busca encabeçar nomes e concorrentes para a disputa eleitoral.

O Novo que não lançou disputa à Assembleia Legislativa de Goiás mas contou com seis candidato a Câmara Federal busca espaço na política goiana. O principal objetivo do partido é lançar candidaturas para a prefeitura de Goiânia. Entretanto, o partido não descarta enfrentar a disputa nos municípios do interior e região metropolitana.

Já o partido de Bolsonaro o PSL, liderado em Goiás pelo delegado Waldir encabeçará diversas candidaturas pelo Estado. A expectativa de Waldir é eleger o maior número de prefeitos possíveis no Estado e fortalecer o partido nas principais cidades. A legenda aposta na filiação do deputado Major Araújo para que ele seja o nome do PSL na disputa na capital e que haja transferência da popularidade de Bolsonaro.

O presidente do PSL em Goiânia, Carlos Sulim, diz que o partido tem se preparado e aguarda a filiação de Major Araújo. O deputado foi candidato a vice de Iris Rezende (MDB) nas eleições de 2016 e depois renunciou ao posto, permanecendo no Legislativo Estadual.

“Hoje já temos bons nomes de candidatos a vereadores e sabemos que isso muda muito. Nós temos um pré-candidato a prefeito, o deputado Major Araújo, escolhido pelo Delegado Waldir, nosso presidente estadual. Nós aguardamos a filiação dele. É um nome bastante competitivo e queremos sim ter o próximo prefeito de Goiânia.

“Queremos ter de cinco a seis vereadores. É possível a partir da formação da chapa. Não podemos formá-las colocando aventureiros. Geralmente vamos colocar pessoas que já experimentaram as urnas e que tem potencial. Tem muitos que tem boa votação. E temos um teto máximo de 3 mil votos, porque se não a gente tem uma chapa pesada e isso dificulta para o partido”, finalizou.

MDB sem Iris?

Com quase 61 anos de vida púbica, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), pode não disputar as eleições de 2020.  Se não for é o principal cabo-eleitoral desta campanha.O presidente do diretório metropolitano do MDB, Carlos Júnior, explica que um dos grandes desafios é convencer Iris Rezende a participar da reeleição. 

A proposta é de apresentar o argumento que a situação da Prefeitura de Goiânia está diferente, que ao invés de dificuldades, Iris terá melhores condições de administrar a cidade do que no atual mandato.

“Não temos plano B, nem plano C, nós temos companheiros que já manifestaram interesse em disputar a Prefeitura de Goiânia pelo MDB. Podemos citar o Maguito Vilela, Daniel Vilela, Bruno Peixoto, Clécio Alves, Andrey Azeredo, Samuel Belchior, Agenor Mariano. Todos estão credenciados, porém vamos até o final tentar convencer o Iris a ser candidato À reeleição. Agora que tudo está em ordem, ele vai largar a Prefeitura de Goiânia?”, argumentou.

Ao receber homenagem pelos 60 anos de vida pública, em uma faculdade, Iris Rezende voltou a reforçar que não disputaria as eleições de 2020. Entretanto, parte da base do governo de Ronaldo Caiado (Democratas) defende a candidatura do emedebista. (*Especial para O Hoje)