Governo discute reforma da previdência com a base

Projeto da reforma administrativa do Estado volta à pauta da Assembleia hoje e será debatido pela Comissão Mista da Casa

Postado em: 07-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Projeto da reforma administrativa do Estado volta à pauta da Assembleia hoje e será debatido pela Comissão Mista da Casa

Dayrel Godinho* 

Hoje (6) acontecerá uma reunião extraordinária na Comissão Mista da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para retomar a discussão do projeto de Reforma Administrativa, enviada pelo Governo de Goiás no início do ano. O projeto de reforma já foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), na última quinta-feira (2), no entanto houve pedido de vista de 20 deputados.  Agora os deputados têm que entregar os pedidos de vista na próxima sessão, marcada para hoje.

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Para articulação do projeto, alguns deputados governistas, inclusive, se reuniram na tarde de ontem (6) com os secretários Pedro Sales, de Administração e Ernesto Roller, de Planejamento e Gestão. 

Eles fizeram uma reunião no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com o intuito de sanar dúvidas sobre o texto da reforma. De acordo com o líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB), a reunião alcançou o seu objetivo. A partir de agora, a pedido dos próprios secretários, os aliados passarão a defender a aprovação da reforma, na Comissão Mista e no Plenário. 

De acordo com o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), a matéria deve ser bastante debatida na casa. “O debate é o principal fundamento da Alego. Daremos oportunidade a todos os deputados para debater de uma forma muito clara, muito transparente. E que a maioria vote pelo melhor para a população goiana”, explicou o presidente. 

Bruno Peixoto considera que o melhor é a aprovação integral do texto. “A reforma é extremamente importante. O nosso estado encontra-se com um déficit orçamentário de aproximadamente 6 bilhões ao ano. Com a reforma, teremos uma economia superior a 100 milhões ao ano. A máquina estará mais enxuta e terá um maior dinamismo”, afirmou ao O Hoje. 

A reforma

O texto do processo legislativo tem o intuito de reestruturar escalões da administração pública, e pode extinguir alguns órgãos e estruturas consideradas sobrepostas, conflitantes ou desnecessárias no Governo. O projeto foi enviado pela Secretaria de Estado da Administração (Sead). O intuito da proposta enviada pela Sead em conjunto com um Grupo de Trabalho criado pelo Decreto nº 9.389, de janeiro deste ano, e integrado por representantes de outros órgãos como da Secretaria de Estado da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), de acordo com o texto do projeto, é que esta etapa da reforma resulte na redução de custos da administração. A previsão do Governo é de que o Estado tenha uma economia de algo em torno de R$ 120 milhões ao ano, com previsão de economia de R$ 79 milhões já em 2019. 

Entre os argumentos de defesa do projeto, está o de que não haverá apenas redução de gastos.  “O esforço de racionalização não terá resultado pura e simplesmente na redução de despesas. Mais importante do que isso, tem-se a convicção de que o modelo projetado torna mais ágil e eficiente a organização do Executivo, aprimorando a sua capacidade de cumprimento das elevadas missões que a ordem constitucional democrática lhe reserva”.

Entre as mudanças do projeto está o da extinção do Conselho Consultivo de Competitividade e Inovação; Conselho Executivo de Gestão e Governança Estratégica do Governo de Goiás; Conselho Estadual de Assuntos Estratégicos, que são conselhos da Governadoria. Também serão extintos o Conselho Integrado de Gestão Estratégica, da Secretaria de Segurança Pública; o Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, da Secretaria de Estado da Saúde; o Conselho Superior de Governo e a Secretaria de Estado do Trabalho. 

Importância do projeto

Na última sexta-feira o Governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que o intuito do projeto é fazer com que o Estado tenha uma estrutura mais enxuta. “Nós fizemos com que a máquina do Estado pudesse ser mais leve para o bolso do cidadão, cortando mais de 20% dos gastos da estrutura do Estado e, ao mesmo tempo, criando todas as secretarias necessárias para o bom funcionamento da máquina pública”, explicou. Ainda de acordo com o governador, o excesso de pastas e a “falta de critério” técnico tornavam as pastas “subjetivas”. “Recebemos um organograma em que havia cinco secretarias extraordinárias, isso é algo extremamente vago, subjetivo, e sem uma determinação específica. No entanto, foi tirada de Goiás a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O Estado, que eminentemente tem sua base econômica na área da agroindústria, como não ter essa secretaria?”, questionou. (* Especial para O Hoje)

 

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