Lincoln Tejota: “somos escravos da capacidade financeira”

Rubens Salomão

Postado em: 15-05-2019 às 19h00
Por: Sheyla Sousa
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Rubens Salomão

O vice-governador Lincoln Tejota (PROS) voltou ontem ao
front de batalha do governo pela consolidação da base aliada de Ronaldo Caiado
(DEM) na Assembleia Legislativa, em meio à apreciação do projeto de segunda
parte da reforma administrativa. Oficialmente para “reencontrar amigos”, o
ex-deputado não deixou de articular com parlamentares da base e independentes
no sentido de alinhar o discurso governista que, diga-se, tem sido visto e
ouvido com maior frequência e intensidade no plenário. No debate direcionado
contra a bancada do PSDB, caiadistas não têm poupado críticas ao governo tucano
e à forma atropelada com que projetos do palácio eram aprovados na Casa nos
últimos 20 anos. Questionado sobre as 51 emendas acatadas no projeto da
reforma, Lincoln garante manutenção de diálogo com deputados, mas que o governo
não abre mão da economia de R$ 440 milhões até 2022. “O local de debate é aqui,
mas claro que nós somos escravos da capacidade financeira e da realidade do
momento. Todos os deputados sabem disso”, avalia.

Missão

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O vice-governador confirma que acompanhará ao longo do
mandato a execução das metas do plano plurianual e que a articulação política
vai de vento em popa. “Temos base, sim! Com o interesse de fazer o estado
crescer”.

Atualização

A reforma chegou ao plenário, mas recebeu novas emendas de
deputados da base e da oposição e foi à CCJ. O relator, Álvaro Guimarães (DEM),
rejeitou todas, mas houve pedido de vistas. Retorna ao plenário na terça-feira
(21).

 

 

 

Santa Casa buscará
atrasados

O governo estadual, por meio da Secretaria Estadual de
Saúde, deverá assinar nos próximos dias novo convênio com a Santa Casa de
Misericórdia de Anápolis para garantir repasses regulares à unidade que tem
atendimentos de emergência e urgência suspensos desde terça-feira (14). As
dificuldades financeiras não são novidade no hospital, que teve piora a partir
de janeiro com a não renovação do contrato, encerrado em dezembro. De acordo
com o deputado estadual Amilton Filho (SD), que acompanha a questão, o novo
convênio resolve parte do problema e que a unidade prestou serviços ao longo
deste ano. “Esse convênio só vai valer de agora por diante. E os meses de
janeiro até abril dependem de uma provocação judicial que a Santa Casa deve
fazer”, afirma o parlamentar da base do governador. “Haverá um processo de
comprovação de que o serviço foi realizado para, só depois da análise jurídica,
possibilitar o pagamento do retroativo”. A SES garante novo convênio até
amanhã, mas rejeita qualquer dívida referente aos últimos meses.

CURTAS

#OcupaEducação
Milhares de “idiotas estúpidos”, pela definição do presidente Jair Bolsonaro,
foram às ruas de Goiânia para se manifestar contra contingenciamento.

Boi na linha
Enquanto o presidente apaga fogo com gasolina, o vice, General Mourão, admite
falha na comunicação sobre o bloqueio na Educação.

Tem jeito – “O ministro
precisa saber explicar direitinho como as coisas estão acontecendo. Nós temos
falhado na nossa comunicação”, disse o militar.

Base no zap

O trabalho de formatação da base aliada ao governo estadual
na Alego tem auxílio digital. O líder, Bruno Peixoto (MDB), é o administrador de
grupo no whatsapp em que relatórios de projetos e orientações são divulgados.

Notificações

Questionado pela Xadrez, Bruno diz que atualmente o grupo
tem 29 participantes, mas o número já variou entre 26 e 30. “Nunca menos de
26!”, garante.

Tô fora!

A goiana de Morrinhos, Raquel Dodge, decidiu não disputar a
reeleição à Procuradoria-Geral da República. O prazo para inscrições para
formação da lista tríplice por meio do voto de procuradores foi encerrado ontem
com 10 candidatos.

Alternativa

A eleição é realizada pela Associação Nacional dos
Procuradores e, tradicionalmente, o presidente escolhe entre os mais votados.
Só que ainda há especulação sobre possível canetada de Bolsonaro para
reconduzir Dodge ao posto por mais dois anos.

O retorno

Decisão judicial colocou água no chope de Elias Vaz e do
presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Por determinação do juiz Luis
Carlos de Miranda, a ex-senadora Lúcia Vânia está formalmente de volta à
presidência regional do partido.

Faltou debate

O juiz percebeu que não houve convocação da
Comissão Executiva da sigla para confirmar a decisão de Siqueira. A executiva
nacional havia alegado “gestão temerária e infidelidade partidária” para
afastar Lúcia do cargo. Cabe recurso. 

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