Prefeitos insistem em unificar eleições

O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), esteve em Brasília em articulação para que eleições municipais ocorram apenas em 2022

Postado em: 24-05-2019 às 06h01
Por: Sheyla Sousa
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O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), esteve em Brasília em articulação para que eleições municipais ocorram apenas em 2022

DAYREL GODINHO* 

A Associação Goiana de Municípios (AGM) está insistindo no projeto que prorroga as eleições para as prefeituras para o ano de 2022, para que o pleito municipal aconteça junto com o pleito nacional. O presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende, inclusive, esteve em Brasília ontem (23), participando de articulações coordenadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) desde a quarta-feira (22).

Paulinho se encontrou com o presidente da CNM, Glademir Aroldi, em visita à Câmara Federal, para debater a proposta de unificação das eleições, com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR) e com o relator do texto, Valtenir Pereira (MDB-MT). 

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O tema foi debatido no Conselho Político da entidade realizado em Minas Gerais, durante o 36º Congresso Mineiro de Municípios, que aconteceu entre os dias 14 e 15 de mais. Inclusive, no início desta semana, como publicado pelo próprio O Hoje, os prefeitos goianos filiados a AGM divulgaram uma pesquisa interna constatando que 94% dos prefeitos são a favor da unificação dos pleitos, com o adiamento da eleição de 2020. 

O presidente da CNM destacou que a medida pode trazer importante economia ao país. “A gente se reuniu com o relator da matéria, o presidente da CCJ, para tentar construir uma posição que atenda à expectativa da população brasileira. A unificação das eleições é boa para o Brasil por conta da economia. Nós tivemos uma eleição no ano passado e teremos outra no próximo ano. Os orçamentos não se conversam. Em 2017, os Municípios vão estar nos seus planos plurianuais. Agora em 2019, a União e os Estados fazem o deles. Então, nosso orçamento não se alinha”, disse.

Aroldi ainda acrescentou que é bastante importante discutir a proposta, para tentar beneficiar a população brasileira. “É isso que estamos discutindo e tentando encaminhar uma proposta que possa efetivamente beneficiar o Brasil. Que o país tenha menos gasto, que a população tenha ganho com isso. Tem de ser uma proposta que seja boa para o Brasil. É isso que nós queremos”, concluiu.

Eleições só em 2022?

O projeto foi apresentado pelo deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), com a previsão de ampliação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores por mais dois anos, para que, em 2022, o Brasil tenha eleições gerais. 

Pelo texto da matéria, os gestores não poderão concorrer à reeleição, mesmo que no modelo atual tenham esse direito. Ainda há uma corrente de congressistas que defende que os mandatos passem a durar cinco anos, a partir do próximo pleito. Com a alteração, os mandatos dos prefeitos e vereadores seriam estendidos e terminariam em 1º de janeiro de 2023, junto com os mandatos de governadores, vice-governadores, deputados federais e deputados estaduais, eleitos em 2018. (*Especial para O Hoje)

 

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