Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Sem nomes definidos para Caldas Novas

Com desgaste do prefeito da cidade após diversas denúncias, o cenário é favorável para grupo político de Magda Mofatto. Marquinho deve se manter afastado da política

Postado em: 27-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Com desgaste do prefeito da cidade após diversas denúncias, o cenário é favorável para grupo político de Magda Mofatto. Marquinho deve se manter afastado da política

Raphael Bezerra*

Há 150 km de Goiânia, a cidade de Caldas Novas enfrenta uma indefinição dos grupos políticos na nomeação de um sucessor do atual prefeito Evandro Magal (PP). Por um lado, o político tem focado na gestão da prefeitura. Liderando o outro grupo político, a deputada federal, Magda Mofatto (PL) acredita que ainda é cedo para pensar em nomes. Cotado para a prefeitura, o ex-deputado estadual Marquinho Palmertson (Marquinho do Privê) defende que não será candidato e que focará nos negócios.

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Isolado, Magal tem encontrado dificuldades em terminar o mandato. Preso em 2018 por suspeita de fraudes em licitações, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro, o prefeito reassumiu a prefeitura poucos dias depois. Entretanto, a prisão não fez bem a sua gestão, como era de se esperar. Moradores da região tem avaliado a gestão como desgastada e ineficiente.

Procurado para comentar sobre possíveis nomes que poderia indicar para 2020, o prefeito preferiu deixar a “prosa” para os próximos meses. “Ele está focado na administração, tão somente, e não gostaria de falar de politica por enquanto”, diz a nota.

Marquinho do Privê é cotado para ambos os grupos políticos, pode colar no já desgastado prefeito ou se alinha a deputada federal Magda Mofatto. Entretanto, ele diz preferir se envolver nos negócios que administra. 

Magda Mofatto afirmou, com todas as letras, que não irá disputar as eleições municipais em 2020, mesmo acreditando ter o apoio da população. Ela explica que o momento agora é de organizar o partido em torno de um nome forte com uma boa coalizão. “Vamos reorganizar o partido, analisar as filiações. Com as mudanças na legislação é preciso ter um puxador de voto e com certeza o partido não vai abrir mão de lançar um nome próprio”, comenta.

Magda acredita que ainda é cedo para fechar nomes, segundo ela, é preciso formatar bases sólidas devido as mudanças na legislação que não permitem mais coligações proporcionais. Apesar disso, ela afirma que o partido está de portas abertas para todos os nomes que tiverem interesse. “Temos nomes bem adiantados, mas não é hora. Não pode prescindir em níveis políticos. Mas com toda certeza nós queremos eleger um deputado estadual nas próximas eleições e fortalecer o partido na região”, alega.

O desgaste do prefeito após inúmeras denúncias incomoda, entretanto, Mofatto prefere não fazer avaliações sobre a gestão de Magal. Apesar de não comentar a administração do prefeito, Magda cita pesquisas internas para respaldar o sentimento da cidade. “Rejeição jamais vista, 70% de desaprovação. A cidade está com problema na distribuição de água, ruas esburacadas, reclamação de tudo. Mas é importante frisar que essa não é uma avaliação minha, mas sim da população”, completa.

Tentando encontrar uma brecha, o policial militar Alison Maia (Democratas), pode surpreender. Ele disputou as eleições contra Magal em 2016, mas a falta de cacife e apoio político dos principais grupos o deixou de fora do Paço. Em 2016 ele teve pouco mais de 10 mil votos. Outro nome que deve aparecer na disputa é do ex-prefeito José Araújo Lima. (*Especial para O Hoje) 

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