Plano de Equilíbrio Fiscal dependerá de esforço conjunto
Ruber Couto
Por: Sheyla Sousa
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As articulações de deputados estaduais, lideradas pelo
presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), pelo repasse
integral do duodécimo previsto no orçamento (R$ 298 milhões) deverá esbarrar
exatamente no que é considerada a “luz no fim do túnel” financeiro do estado: o
Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), ou plano Mansueto. Tudo porque o projeto de
lei complementar, da forma como foi enviado pelo presidente Jair Bolsonaro
(PSL) ao Congresso, estabelece brecha para que governadores enquadrem os gastos
do Legislativo e do Judiciário, com a chamada “unidade de tesouraria”. Na
prática, a ferramenta possibilitaria que o executivo passe a tesoura nos
orçamentos, em esforço conjunto. “Goiás vai ter que apresentar contrapartidas
de ajuste, não só do executivo”, confirma o secretário de Governo, Ernesto
Roller.
Papel passado
A boa intenção de ajudar a recuperação financeira do estado
foi firmada em documento, quando o governador Ronaldo Caiado (DEM) contou com a
assinatura de todos os poderes.
Memória
Chefes da Alego, Tribunal de Justiça e Ministério Público,
entre outros, assinaram carta (que resultou em ação no STF), para que Goiás
suspenda pagamentos a bancos. Ou seja: a crise é inegável.
Conjunto
A expectativa no Palácio das Esmeraldas, porém, é de que não
é possível, ao menos por enquanto, fazer planos com a ajuda federal. Tudo vai
depender da boa vontade de deputados e senadores.
Concorrência
Tem crescido o incômodo de vereadores, com destaque aos
aliados de Iris Rezende (MDB), por conta do incentivo do prefeito a secretários
que poderão ser candidatos a vereador.
Privilegiados
São eles: Agenor Mariano (Sedetec), Mizair Lemes Junior
(Assistência Social), Fernando Santana (SMT), Henrique Alves (Planejamento),
Marcelo Ferreira (Educação) e a superintendente Célia Valadão (Habitação).
Mapa eleitoral
Coincidência ou não, a lista inclui alguns dos auxiliares
que mais marcam presença em eventos públicos, ao lado do prefeito, e que ocupam
os holofotes dos cargos em bases estratégicas da cidade.
Problema simples
Na conversa sobre o duodécimo, foi apresentada proposta para
que o repasse seja integral e que a Alego devolva parte para construir o novo
HMI. Só que o governo simplesmente não tem o dinheiro.
Convencimento
Já o duodécimo da Câmara vai ficar como está. Vereadores
foram convencidos pelo secretário Alessandro Melo de que eles próprios
aprovaram valor pouco abaixo do teto de 4,5% da receita.
CURTAS
– Senadores votam amanhã o projeto que moderniza o Marco
Legal do Saneamento Básico.
– O texto substitui a MP do Saneamento, que caducou. A
principal alteração é liberar a atuação de empresas privadas no setor.
– Após novo rombo de R$ 75 milhões, o IPASGO não
descarta aumentar os custos ao usuário para cobrir o déficit.