Governadores se reúnem para manter estados na Reforma

Parlamentares pedem mais apoio de governadores para a Reforma da Previdência e ameaçam retirar Estados e Municípios do texto

Postado em: 11-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Parlamentares pedem mais apoio de governadores para a Reforma da Previdência e ameaçam retirar Estados e Municípios do texto

Raphael Bezerra

Especial para O Hoje

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A 5ª Reunião do Fórum de Governadores marcada para esta terça-feira (11) pode encerrar ou acirrar a briga que poderia retirar os Estados e Municípios da reforma da Previdência. A discussão se os deputados federais e senadores devem dividir os frutos amargos da aprovação de uma reforma da Previdência tem divido parlamentares. Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), governadores devem se empenha mais em defesa da Reforma. Um acordo deve ser feito para que os líderes partidários votem o ponto em separado, através de destaque do texto.

O presidente da Comissão Especial que analisa a proposta de Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), participará da reunião do Fórum de Governadores. Ele afirmou, ao Globo, que vai pedir a governadores a lista com o número de votos favoráveis dos parlamentares de cada partido. Ramos participará hoje do Fórum de Governadores, no qual será definida a manutenção de estados e municípios na reforma.

Ele cobra maior participação dos governadores em relação as mudanças previstas no projeto. Para ele, o manifesto de apoio à reforma assinado na semana passada por 25 governadores não é suficiente para fazer com que os parlamentares, sobretudo do chamado “centrão”, aprovem a aplicação imediata das novas regras para os servidores estaduais e municipais.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (Democratas) se posicionou contrário à primeira proposta de carta. O ponto desconsiderado por Caiado foi a parte em que havia repúdio aos parlamentares. O governador assinou a segunda versão do documento, sem ataques aos deputados. 

“Não basta os governadores do PT, PDT e PSB assinarem manifesto de apoio pela permanência dos estados na reforma se toda a bancada vai votar contra”, afirmou Marcelo Ramos.

Mais empenho

Rodrigo Maia afirma que a proposta tem como objetivo garantir uma boa economia para a próxima década. Entretanto, ele cobra maior empenho dos governadores, tal como o presidente da Comissão que avalia o projeto. “Temos que garantir a reforma inteira.Por isso, queremos que os governadores consigam nos ajudar com votos. Isso vai ser muito importante”, afirmou o presidente da Câmara.

O líder do PP na Câmara, Arthur Lira, de Alagoas, avalia que se as aposentadorias de servidores estaduais e municipais forem mantidas entre as mudanças analisadas pelo Congresso, a pressão sobre os parlamentares em suas bases eleitorais pode crescer de forma que inviabilize a aprovação da reforma como um todo.

“Botá-los só vai aumentar a quantidade de deputados que vai perder votos nos estados, sem contrapartida política nenhuma de governadores que são contra a reforma e as suas bancadas vão votar contra a reforma”.

Qual projeto apoiar?

Os governadores ainda não decidiram qual projeto da reforma da Previdência vão apoiar, as formas como esse apoio deve ser feito também não foram definidos. Na última quinta-feira (6), 25, dos 27 governadores assinaram uma carta de apoio a manutenção dos Estados no texto. Ficaram de fora apenas os governadores da Bahia e Maranhão, Rui Costa (PT) e Flávio Dinho (PCdoB).

No documento, os governadores argumentam que obrigar as gestões estaduais e municipais a aprovarem mudanças em seus regimes previdenciários por meio de legislação própria, enquanto tais alterações já estão previstas na proposta em análise no Congresso, representa “não apenas atraso e obstáculo à efetivação de normas cada vez mais necessárias, mas também suscita preocupações acerca da falta de uniformidade no tocante aos critérios de previdência a serem observados no território nacional”. 

 Raphael Bezerra

Especial para O Hoje

A 5ª Reunião do Fórum de Governadores marcada para esta terça-feira (11) pode encerrar ou acirrar a briga que poderia retirar os Estados e Municípios da reforma da Previdência. A discussão se os deputados federais e senadores devem dividir os frutos amargos da aprovação de uma reforma da Previdência tem divido parlamentares. Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), governadores devem se empenha mais em defesa da Reforma. Um acordo deve ser feito para que os líderes partidários votem o ponto em separado, através de destaque do texto.

O presidente da Comissão Especial que analisa a proposta de Reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM), participará da reunião do Fórum de Governadores. Ele afirmou, ao Globo, que vai pedir a governadores a lista com o número de votos favoráveis dos parlamentares de cada partido. Ramos participará hoje do Fórum de Governadores, no qual será definida a manutenção de estados e municípios na reforma.

Ele cobra maior participação dos governadores em relação as mudanças previstas no projeto. Para ele, o manifesto de apoio à reforma assinado na semana passada por 25 governadores não é suficiente para fazer com que os parlamentares, sobretudo do chamado “centrão”, aprovem a aplicação imediata das novas regras para os servidores estaduais e municipais.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (Democratas) se posicionou contrário à primeira proposta de carta. O ponto desconsiderado por Caiado foi a parte em que havia repúdio aos parlamentares. O governador assinou a segunda versão do documento, sem ataques aos deputados. 

“Não basta os governadores do PT, PDT e PSB assinarem manifesto de apoio pela permanência dos estados na reforma se toda a bancada vai votar contra”, afirmou Marcelo Ramos.

Mais empenho

Rodrigo Maia afirma que a proposta tem como objetivo garantir uma boa economia para a próxima década. Entretanto, ele cobra maior empenho dos governadores, tal como o presidente da Comissão que avalia o projeto. “Temos que garantir a reforma inteira.Por isso, queremos que os governadores consigam nos ajudar com votos. Isso vai ser muito importante”, afirmou o presidente da Câmara.

O líder do PP na Câmara, Arthur Lira, de Alagoas, avalia que se as aposentadorias de servidores estaduais e municipais forem mantidas entre as mudanças analisadas pelo Congresso, a pressão sobre os parlamentares em suas bases eleitorais pode crescer de forma que inviabilize a aprovação da reforma como um todo.

“Botá-los só vai aumentar a quantidade de deputados que vai perder votos nos estados, sem contrapartida política nenhuma de governadores que são contra a reforma e as suas bancadas vão votar contra a reforma”.

Qual projeto apoiar?

Os governadores ainda não decidiram qual projeto da reforma da Previdência vão apoiar, as formas como esse apoio deve ser feito também não foram definidos. Na última quinta-feira (6), 25, dos 27 governadores assinaram uma carta de apoio a manutenção dos Estados no texto. Ficaram de fora apenas os governadores da Bahia e Maranhão, Rui Costa (PT) e Flávio Dinho (PCdoB).

No documento, os governadores argumentam que obrigar as gestões estaduais e municipais a aprovarem mudanças em seus regimes previdenciários por meio de legislação própria, enquanto tais alterações já estão previstas na proposta em análise no Congresso, representa “não apenas atraso e obstáculo à efetivação de normas cada vez mais necessárias, mas também suscita preocupações acerca da falta de uniformidade no tocante aos critérios de previdência a serem observados no território nacional”. 

 

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