Ministro da Ciência e Tecnologia cogita nomear oficial da Aeronáutica à direção do Inpe

Ex-diretor, Ricardo Galvão, foi exonerado do cargo após conflitos com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Foto: Divulgação.

Postado em: 05-08-2019 às 11h43
Por: Redação
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Ex-diretor, Ricardo Galvão, foi exonerado do cargo após conflitos com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Foto: Divulgação.

Da Redação

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que cogita escolher um oficial da Aeronáutica para a direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O nome do candidato, contudo, não foi informado pelo astronauta, que é tenente-coronel da Força Aérea Brasileira.

Na última sexta-feira (2), o então diretor do Inpe, Ricardo Galvão, foi avisado da exoneração do cargo após embates com o governo federal à respeito dos dados sobre desmatamento da Amazônia. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou a dizer que Galvão trabalhava em favor das ONGs.

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A especulação sobre o novo presidente do instituto foi dada por Pontes durante entrevista à rádio Eldorado, na manhã desta segunda-feira (5). O ministro confirmou que está avaliando a possibilidade de nomear um oficial da Aeronáutica para o cargo e disse que o candidato é um “doutor em desmatamento”.

Marcos Pontes pretende divulgar o novo nome para a direção do instituto no início desta semana. O ministro também afirmou que recebeu as indicações de Galvão, mas não quis dizer se levará em conta algum desses pesquisadores. Após sua exoneração, o ex-diretor indicou cinco nomes para assumir a direção do Inpe.

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Sobre os dados de desmatamento divulgados pelo instituto, o ministro disse que vai mudar “o sistema como um todo”. Segundo Pontes, a ideia é colocar mais satélites e fazer as análises para demonstrar “como está sendo feito”. O astronauta lembrou que, antigamente, os dados eram enviados primeiro ao Ibama e, depois de cinco dias, disponibilizados ao público.

“Vamos fazer um relatório técnico. A gente gosta de trabalhar com números e fatos para ver como eles são calculados e como servem. Tudo começou com o uso incorreto dos dados do Inpe. Os dados do Deter não podem ser usados para índices de desmatamento consolidados, isso é o Prodes. E é isso o que foi feito”, disse.

 

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