PF indicia ministro do Turismo por candidatas laranjas

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (4) o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), por suspeita de envolvimento no esquema de "candidaturas-laranja" do PSL em Minas Gerais.

Postado em: 04-10-2019 às 10h00
Por: Aline Carleto
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A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (4) o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), por suspeita de envolvimento no esquema de "candidaturas-laranja" do PSL em Minas Gerais.

Da Redação

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (4) o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), por suspeita de envolvimento no esquema de “candidaturas-laranja” do PSL em Minas Gerais. De acordo com a investigação da PF, o ministro seria o comandante do esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada nas últimas eleições.

A suspeita é de que quatro candidatas pelo PSL no ano passado teriam sido usadas como laranja para burlar a exigência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que os partidos destinem 30% dos recursos do fundo de campanha para candidaturas femininas. Caso a decisão da Promotoria seja em sentido similar ao da PF, a Justiça decidirá se aceita ou não essa denúncia. Em caso positivo, Álvaro Antônio se torna réu e passa a responder ao processo.

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Entenda

O PSL que à época das eleições tinha como presidente em Minas Gerais o atual ministro do Turismo, teria usado candidatas em disputas de fachada para acessar recursos de fundo eleitoral exclusivo para mulheres. As ex-candidatas foram indiciadas. São elas: Naftali de Oliveira Neres, Débora Gomes da Silveira, Camila Fernandes Rosa e Lilian Bernardino de Almeida. O total de votos recebido pelas quatro foi próximo de 2,1 mil. Em depoimentos ao longo das investigações, todas permaneceram em silêncio.

Relação custo por voto

Até o momento, o ministro do Turismo tem negado qualquer participação no esquema. Nas investigações, ficou comprovado, entre outros pontos, que uma gráfica utilizada no suposto esquema já não funcionava dois anos antes das eleições. A Polícia Federal apurou ainda que a empresa pertencia a um irmão de Roberto Soares, assessor de Álvaro Antônio e coordenador da campanha de 2018. 

* Com informações da AE

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