Bivar é alvo da PF em investigação sobre laranjal do PSL

O inquérito policial foi instaurado por requisição do TRE-PE para apurar a possível prática de crimes eleitorais e associação criminosa. Foto: Internet

Postado em: 15-10-2019 às 10h00
Por: Aline Carleto
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O inquérito policial foi instaurado por requisição do TRE-PE para apurar a possível prática de crimes eleitorais e associação criminosa. Foto: Internet

Da Redação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação Guinhol. São cumpridos nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco em endereços ligados ao presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar.

O inquérito policial foi instaurado por requisição do TRE-PE para apurar a possível prática de crimes eleitorais e associação criminosa. De acordo com as investigações, representantes locais do partido teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres.

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Ao menos 30% dos valores do fundo deveriam ser empregados na campanha das concorrentes do sexo feminino. Segundo a PF, há indícios de que tais valores foram aplicados de forma fictícia, com o objetivo de desviar os valores para livre aplicação do partido e de seus gestores.

O nome da Operação Guinhol faz referência a uma marionete, personagem do teatro de fantoches criado no Século XIX, diante da possibilidade de as candidatas terem sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.

Crise no PSL

A operação ocorre em meio à crise entre o PSL e o presidente Jair Bolsonaro, que ameaça deixar a sigla por desavenças sobre o fundo partidário e o controle do partido. Nessa segunda-feira (14), o chefe do Executivo nacional se reuniu com os advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa, que auxiliam na busca de soluções para Bolsonaro e grupo de apoiadores dentro da legenda.

Ao ser questionado sobre o encontro, o mandatário do país se limitou a responder: “Problema particular”. Na semana passada, os próprios advogados informaram que representam o presidente no embate contra a sigla. Karina Kufa, antes de assumir o lado de Bolsonaro, advogava para o PSL e acabou demitida pela legenda.

A aliados, o dirigente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar, justificou a demissão alegando ter havido “quebra de confiança” na advogada eleitoral. A crise com o PSL teve início com declarações de Bolsonaro feitas a um apoiador em conversa na porta do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo disse ao admirador para “esquecer o PSL” e não divulgar vídeo sobre Bivar porque ele estaria “queimado”.

* Com informações BBC Brasil

 

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