Gilmar Mendes usa redes para criticar AI-5 de Eduardo Bolsonaro

Depois de fala de Eduardo Bolsonaro sobre AI-5 ter sido repudiada por congressistas, na manhã desta sexta-feira (1), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou as redes sociais para repercutir o assunto

Postado em: 01-11-2019 às 11h20
Por: Aline Carleto
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Depois de fala de Eduardo Bolsonaro sobre AI-5 ter sido repudiada por congressistas, na manhã desta sexta-feira (1), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou as redes sociais para repercutir o assunto

Aline Bouhid

Depois de fala de Eduardo Bolsonaro sobre AI-5 ter sido repudiada por congressistas, na manhã desta sexta-feira (1), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes usou as redes sociais para repercutir o assunto. “É o símbolo maior da tortura institucionalizada. Exaltar o período de trevas da ditadura é desmerecer a estatura constitucional da nossa democracia”, escreveu no twitter. A última postagem do ministro tinha sido há cinco dias. 

Não foi a primeira vez que uma declaração da família Bolsonaro repercutiu mal, mas talvez tenha sido a primeira vez que uma declaração do novo governo tenha gerado repúdio geral. A fala desastrosa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) uniu 16 partidos políticos de direita, de esquerda e de centro pela manutenção do processo democrático. O Congresso tem representantes de 25 siglas – ou seja, 60% das legendas se manifestaram formalmente contra o deputado mais votado da história (teve cerca de 1,8 milhão de votos em 2018). 

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Um grupo de 18 parlamentares de cinco partidos e do bloco da minoria também protocolou uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a Corte abra uma ação contra o deputado por “incitação e apologia ao crime, além de ato de improbidade administrativa”. 

Uma representação será levada ao Conselho de Ética da Câmara pedindo a abertura de um processo que pode, em última instância, resultar na cassação do mandato do “03”. Em nota, o próprio PSL, liderado por Eduardo Bolsonaro na Câmara, classificou a fala como “inaceitável”.

Depois do estrago feito, no fim da tarde de ontem (31), Eduardo Bolsonaro se viu obrigado a recuar. “Não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, e a minha posição é bem confortável. Não fico nem um pouco constrangido de pedir desculpa a qualquer tipo de pessoa que tenha se sentido ofendida ou imaginado o retorno do AI-5”, afirmou. 

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