Bolsonaro diz que é grande a probabilidade de criar novo partido

“[A probabilidade] É 80% para sair e 90% para criar um novo partido”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Record na noite deste domingo (03). Foto: Agência Brasil

Postado em: 04-11-2019 às 09h00
Por: Aline Carleto
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“[A probabilidade] É 80% para sair e 90% para criar um novo partido”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Record na noite deste domingo (03). Foto: Agência Brasil

Aline Bouhid

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que é grande a probabilidade de deixar o PSL e criar um partido no qual ele possa definir quais serão os candidatos a prefeito nas próximas eleições, entre outras decisões a serem tomadas na legenda. Na noite deste domingo (3), ele disse ainda que pretende colher as assinaturas de forma eletrônica e acredita que, até março, já estaria com a nova legenda apta a disputar as eleições municipais. 

Em crise com o seu partido desde que criticou o presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), Bolsonaro negou que tenha interesse nos recursos do fundo partidário ao qual o PSL tem direito. Ele disse que apenas tem cobrado “transparência” na gestão do dinheiro por parte de Bivar, para que ele não precise “pagar a conta” sobre possíveis “desvios de terceiros”.

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“Eu pago a conta sobre qualquer possível desvio de terceiros do partido. A mesma coisa acontece em relação ao fundo partidário”, reclamou o presidente. Em seguida, ele emendou: “Eu posso sair do partido. Eu quero ver cumprida uma determinação: transparência. Ponto final, mais nada. Afinal de contas, o fundo partidário é dinheiro público. Eu não estou brigando por recursos do fundo partidário, eu quero que o partido não tenha problemas por ocasião da eleições municipais no ano que vem ou em uma possível reeleição minha, aí você imagina um timing de 2022”, disse o presidente.

“Puxão de orelha”

Bolsonaro também disse que repreendeu seu filho Eduardo Bolsonaro, que, em entrevista exibida no início da semana, defendeu a possibilidade de um “novo AI-5” como forma de se combater a esquerda no país. “Foi infeliz, puxei a orelha dele”, afirmou.

“Os meus filhos não me atrapalham, me ajudam muito”, defendeu, frisando que agora no palácio tem um presidente em prol da família, cristão, que não tem mais “ideologia de gênero”. “O Brasil mudou, a família antes não existia, agora existe.”

* Com informações da TV Record

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