Segunda-feira, 22 de julho de 2024

‘Lula não faz parte do meu presente, faz parte do meu passado’, diz Moro

A declaração foi dita após ser questionado sobre o resultado da pesquisa Datafolha sobre a soltura de Lula - Foto: Divulgação

Postado em: 10-12-2019 às 16h00
Por: Leandro de Castro Oliveira
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A declaração foi dita após ser questionado sobre o resultado da pesquisa Datafolha sobre a soltura de Lula - Foto: Divulgação

Leandro de Castro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira (10) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faz mais parte do seu presente e que não tem “responsabilidade nenhuma” sobre os casos judiciais do petista. A declaração foi dita após ser questionado sobre o resultado da pesquisa Datafolha divulgada nesta terça, que mostra que a maioria da população considerou justa a soltura de Lula no início de novembro.

“Não vi como foi realizada bem essa pesquisa. O fato é que o presidente foi considerado culpado, responsável por crime de corrupção e lavagem de dinheiro, por várias instâncias da Justiça. Então a situação é no sentido de que as provas apontam que, infelizmente, ele se corrompeu”, declarou Moro, ao deixar o seminário Supremo em Ação.

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“Mas como eu sempre repito, o ex-presidente [Lula] faz parte do [meu] passado. Não faz parte do meu presente e eu não tenho responsabilidade nenhuma sobre o que prossegue em relação na Justiça quanto a ele. Não é mais minha atribuição”, concluiu o ministro.

De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados entendem que a libertação do petista foi justa, ante 42% que a consideram injusta. Disseram não saber 5% dos entrevistados.

A pesquisa ouviu 2.948 pessoas na quinta (5) e sexta-feira (6) da semana passada em 176 municípios pelo país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Lula deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba após cumprir 19 meses da pena por condenação de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

A primeira sentença condenatória desse caso foi proferida por Moro, que era juiz da Lava Jato. O processo ainda tramita, e Lula tem parte da pena pendente.

O ex-presidente pôde voltar à liberdade após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que mudou antigo entendimento da corte e considerou inconstitucional a prisão de réus condenados que ainda tenham recursos pendentes em cortes superiores, como é o caso do petista.

 

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