Congresso pode votar veto ao orçamento impositivo nesta terça-feira

Presidente barrou dispositivo que dava prazo de 90 para Poder Executivo executar emendas ao Orçamento sugeridas pelos parlamentares| Foto: Reprodução/ Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Postado em: 03-03-2020 às 12h30
Por: Redação
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Presidente barrou dispositivo que dava prazo de 90 para Poder Executivo executar emendas ao Orçamento sugeridas pelos parlamentares| Foto: Reprodução/ Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Eduardo Marques

O Congresso Nacional promove sessão conjunta na tarde desta terça-feira (03) para analisar vetos presidenciais. Entre eles, está o veto à proposta que torna obrigatória a execução das emendas orçamentárias do relator-geral do Orçamento (VET 52/19).

Em dezembro, Bolsonaro sancionou a Lei 13.957, de 2019, com mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Mas o presidente barrou o dispositivo que dava prazo de 90 dias para o Poder Executivo executar as emendas ao Orçamento sugeridas pelos parlamentares. Com o veto, o Palácio do Planalto recupera a prerrogativa de decidir o destino de R$ 30 bilhões em 2020.

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Em fevereiro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), anunciou um acordo para resolver o impasse sobre o orçamento impositivo. Segundo ele, a solução seria derrubar o veto ao caput do artigo barrado pelo Poder Executivo. Com isso, a execução das emendas parlamentares respeitaria as indicações e a ordem de prioridades estabelecidas pelos parlamentares. 

Em contrapartida, senadores e deputados manteriam o veto aos parágrafos daquele mesmo artigo. Isso tonaria sem efeito o prazo de 90 dias para o empenho das emendas.

A matéria chegou a ser pautada na última sessão do Congresso, no dia 12, mas teve a votação adiada para construção de um acordo. Na ocasião, as bancadas do Podemos, do PSL e da Rede entraram em obstrução, por não concordarem com a derrubada do veto.

O relator do Orçamento para 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), disse entender que o orçamento impositivo é uma vitória do Congresso, mas considerou o adiamento como salutar, para que seja possível construir um consenso. 

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