Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Base de Iris na Câmara adia votação do decreto que visa manter empregos temporários

Mais de 3 mil servidores sofrem com a suspensão dos contratos temporários e esperam a votação no Plenário - Foto: Reprodução

Postado em: 22-04-2020 às 18h00
Por: Raphael Bezerra
Imagem Ilustrando a Notícia: Base de Iris na Câmara adia votação do decreto que visa manter empregos temporários
Mais de 3 mil servidores sofrem com a suspensão dos contratos temporários e esperam a votação no Plenário - Foto: Reprodução

Juliana Gomes

A Câmara Municipal de Goiânia apreciou nesta quarta-feira (22), um decreto que visa suspender a decisão do prefeito Iris Rezende (MDB) de suspender os contratos temporários de mais de 3 mil servidores da área da Educação. Mesmo tendo sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),  a matéria não seguiu para votação. 
Welington Peixoto (MDB), líder da base aliada na casa, votou contra. O vereador  alegou que foi necessária a suspensão dos contratos para garantir que a folha de pessoal, que soma R$ 20 milhões, fosse paga em dia.
Enquanto isso, os servidores públicos, agora desempregados, sofrem os reflexos da decisão.
São pessoas que de forma inesperada se viram sem nenhuma fonte de renda para cuidar de suas famílias. 
“A maioria são mulheres que cuidam sozinhas de suas famílias e que agora, além da preocupação com a vida, com o medo da infecção pelo coronavírus, estamos  preocupadas também em colocar comida na mesa”, Desabafa a professora da alfabetização, Silzer Lúcia, de 55 anos.
Silzer relata que o marido, que era recém-contratado, teve o contrato cancelado por causa da pandemia de Covid-19. O casal não sabe como vai ser daqui pra frente. “Da noite pro dia ficamos sem nada. Nossas reservas estão acabando e meu marido foi dispensado do emprego sem nada para receber, porque estava no período probatório.” 
Apesar de toda dificuldade, a professora ainda cuida da mãe, de 78 anos, que está doente e precisa de cuidados especiais. “Minha mãe está doente, com braço quebrado, tá uma loucura minha vida.”, Lamenta.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego), Bia de Lima, tenta na justiça reverter a situação. Mas, enquanto isso, os servidores torcem para que Iris Rezende volte atrás na decisão ou que, pelo menos, o decreto seja derrubado em votação no Plenário.  

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