“Homem que decide a economia no Brasil é um só: Paulo Guedes”, afirma Bolsonaro

Guedes assegurou que o governo não pretende reduzir salário de servidores, mas pediu que o funcionalismo público faça um “sacrifício” pelo país| Foto: Divulgação

Postado em: 27-04-2020 às 09h00
Por: Redação
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Guedes assegurou que o governo não pretende reduzir salário de servidores, mas pediu que o funcionalismo público faça um “sacrifício” pelo país| Foto: Divulgação

Eduardo Marques

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (27), em uma entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, que o “homem que decide a economia” no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro concedeu a declaração ao sair de uma reunião com Guedes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto. Os ministros estavam ao lado de Bolsonaro na coletiva.

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“Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse Bolsonaro”, afirmou Bolsonaro.

O ministro afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos extraordinários feitos pelo governo em decorrência da crise do coronavírus são uma “exceção” na condução da política econômica.

“Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue e a mesma política econômica”, ressaltou Guedes. “Quando há um problema, como de saúde, o presidente fala: ‘Olha vamos par um programa de exceção'”, explicou o ministro.

Na semana passada o governo apresentou o programa Pró-Brasil, com medidas para injetar dinheiro na economia e amenizar o impacto da queda da atividade causada pela pandemia do coronavírus. Integrantes da equipe econômica não estiverem presentes na cerimônia de lançamento do programa.

O pró-Brasil apresenta medidas que envolvem basicamente aumento dos gastos públicos. Guedes e a equipe econômica historicamente defendem investimentos privados como motor da economia.

Servidores públicos

Guedes afirmou que nesta semana deverá passar no Congresso “importante programa” para descentralizar recursos para estados e municípios, mas com contrapartidas.

O ministro deu como exemplo de contrapartida não conceder reajustes a servidores públicos a fim de auxiliar no esforço para enfrentar a crise. “Não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil”, afirmou o ministro.

Guedes assegurou que o governo não pretende reduzir salário de servidores, mas pediu que o funcionalismo público faça um “sacrifício” pelo país.

“Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, que vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Não, eles vão colaborar. Eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar. E o presidente disse ‘ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje’”, afirmou Guedes. 

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