Pode dar certo ou não, diz Bolsonaro ao indicar uso da cloroquina

Ao defender a medicação para pacientes com problemas de saúde preexistentes ou graves, ele disse que aprovaria o uso pela mãe, de 93 anos| Foto: Reprodução

Postado em: 13-05-2020 às 10h30
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Pode dar certo ou não, diz Bolsonaro ao indicar uso da cloroquina
Ao defender a medicação para pacientes com problemas de saúde preexistentes ou graves, ele disse que aprovaria o uso pela mãe, de 93 anos| Foto: Reprodução

Da Redação*

Após o ministro da Saúde, Nelson Teich, ter alertado sobre riscos da cloroquina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (13), na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, que o remédio deve ser usado para tratar o novo coronavírus por pessoas do grupo de risco, e que o resultado pode ou não dar certo.

Ao defender a medicação para pacientes com problemas de saúde preexistentes ou graves, ele disse que aprovaria o uso pela mãe, de 93 anos. “Enquanto não tivermos algo comprovado no mundo, temos esse aqui no Brasil, que pode dar certo e pode não dar certo. Mas como a pessoa não pode esperar 4, 5 dias para decidir, a morte pode vir, melhor usar”, disse. 

Continua após a publicidade

O presidente seguiu defendendo o medicamento. “Cloroquina sempre foi usada desde 55, agora com azitromicina, pode ser um alento para essa quantidade enorme de óbitos. Está sendo usado largamente no Brasil, mas não na rede SUS. Lá, o médico tem um protocolo e, se usar algo diferente, vai ser responsabilizado”.

Para Bolsonaro, na dúvida, é melhor usar o remédio para ter a chance de salvar vidas. “Estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usá-la? Não podemos daqui dois anos dizer ‘se tivesse usado a cloroquina lá atrás teríamos salvo milhares de pessoas'”.

“O entendimento de muitos médicos do Brasil e outras entidades de outros países entende que a cloroquina pode e deve ser usada desde o início, apesar de saberem que não tem uma confirmação científica da sua eficácia.”

Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que “o movimento errado no Brasil é se preocupar somente com o vírus e deixar o emprego de lado. O povo tem que voltar a trabalhar. Quem ficar parado e não puder, vai morrer de fome. Quem não quiser trabalhar, que fique em casa”, disse ele.  

Teich escreveu em sua conta no Twitter na terça-feira (12) que a cloroquina apresenta efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita em comum acordo entre paciente e médico. Um dos principais efeitos colaterais do remédio são complicações cardíacas.

*Com informações da CNN Brasil 

Veja Também