STF começa a julgar legalidade de inquérito sobre fake news

Os 11 ministros analisam uma ação da Rede Sustentabilidade acerca da invasão por hackers de uma página do Facebook na campanha eleitoral de 2018 – Foto: AG.

Postado em: 10-06-2020 às 15h10
Por: Nielton Soares
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Os 11 ministros analisam uma ação da Rede Sustentabilidade acerca da invasão por hackers de uma página do Facebook na campanha eleitoral de 2018 – Foto: AG.

O Supremo Tribunal Federal (STF)
começou a julgar, na tarde desta quarta-feira (10), a legalidade do inquérito
aberto pela Corte para apurar a divulgação de notícias falsas e ameaças contra
integrantes da Corte. Os 11 ministros analisam uma ação da Rede
Sustentabilidade, protocolada no ano passado para contestar a forma de abertura
da investigação.

Com base nas investigações desse
processo foram cumpridos, no mês passado, mandados de busca e apreensão contra
empresários e acusados de financiar, difamar e ameaçar ministros do tribunal
nas redes sociais.

Após a operação, o
procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão o inquérito ao
ministro Edson Fachin, relator da ação, que enviou o processo para julgamento
no plenário.

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Ao pedir a suspensão, Aras disse
cabe ao Ministério Público dirigir a investigação criminal e definir quais
provas são relevantes.  Além disso, o
procurador destacou que se manifestou contra as medidas de busca e apreensão
realizadas, que, segundo ele, foram sugeridas pelo juiz instrutor do gabinete
do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após receber relatório de
investigação da Policia Federal.

A abertura do inquérito foi feita
em março de 2019. Na época, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli,
defendeu a medida como forma de combater à veiculação de notícias que atingem a
honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros e parentes. Segundo o
presidente, que nomeou Alexandre de Moraes como relator do caso, a decisão pela
abertura está amparada no regimento interno da Corte.

Na ocasião, a tramitação também
foi questionada pelo ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, que
chegou a arquivar o inquérito pela parte da PGR, no entanto, Moraes não aceitou
o arquivamento. (Agência Brasil)

 

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