Ação do MP contra ex-governo do DF Agnelo Queiroz encontra mala com R$ 250 mil

O dinheiro estava em cédulas de real e de dólar; a suspeita é que seja de propina por compra de leitos hospitalares na gestão do petista – Foto: Divulgação.

Postado em: 23-07-2020 às 15h15
Por: Nielton Soares
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O dinheiro estava em cédulas de real e de dólar; a suspeita é que seja de propina por compra de leitos hospitalares na gestão do petista – Foto: Divulgação.

Nielton Soares*

A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) encontrou, nesta quinta-feira (23), uma mala com cerca de R$ 250 mil, escondida na casa da vice-presidente do Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor Público (Ibesp), Adriana Aparecida Zanini. O dinheiro, em cédulas de real e de dólar, foi encontrado durante operação deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) sobre investigação de compra de leitos hospitalares. 

A entidade é alvo de investigação de ter recebido a verba do governo, durante o mandato do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), que também faz parte da operação do MP-DFT. Assim, como o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa e o presidente da Ibesp, Luiz Carlos do Carmo – homônimo do senador eleito por Goiás e não se trata da mesma pessoa.

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A residência de Agnelo Queiroz também foi alvo de buscas e apreensão, uma arma de fogo foi encontrada e, por isso, ele chegou a ficar preso por 3 horas. A defesa do petista, ao portal de notícias Metrópoles, alegou que ainda não irá se manifestar sobre o caso. “Não tenho nada a dizer, porque ainda não tive acesso aos documentos do caso. Depende do acesso que a Justiça vai nos proporcionar. Pode ser hoje, pode ser amanhã”, disse. Em relação à arma, a defesa também afirmou que não se pronunciaria sem falar antes com o cliente.

Os investigados suspeitam que o dinheiro seja de propinas pagas ainda em 2014, ainda na administração petista. Batizada de Operação Alto Escalão, nesta quinta, o grupo cumpriu 13 mandados de busca e apreensão. A coordenação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

Os promotores apontam que o proprietário do Hospimetal pagou R$ 462 mil aos suspeitos ex-ocupantes do alto escalão do governo, o que equivaleria a 10% do total do contrato, isso para a continuação da empresa junto a Secretaria de Saúde em 2014. 

A operação desta quinta foi um desdobramento da investigação do MP-DFT, iniciado em 2018,  chamada de Operação Checkout, quando foi cumprido 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Novas revelações foram possíveis por meio da colaboração premiada e depois da realização de apurações de diligências independentes, com provas do processo original. (Com informações do Metrópoles)

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