Líderes buscam acordo para derrubar veto à desoneração da folha de pagamento de empresas

Bolsonaro vetou prorrogação da redução de tributos para empresas de 17 setores que empregam mais de 6 milhões de pessoas| Foto: Reprodução/ Roque de Sá/ Agência Senado

Postado em: 07-09-2020 às 10h00
Por: Redação
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Bolsonaro vetou prorrogação da redução de tributos para empresas de 17 setores que empregam mais de 6 milhões de pessoas| Foto: Reprodução/ Roque de Sá/ Agência Senado

Da Redação*

Líderes partidários vão tentar nesta semana chegar a um acordo com representantes do governo no Congresso Nacional para a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à prorrogação da desoneração – redução de tributos sobre a folha de pagamentos das empresas de setores que empregam mais de 6 milhões de pessoas.

A legislação em vigor estabelece que a desoneração da folha de pagamentos de empresas de 17 segmentos da economia vai até o fim deste ano. Entre esses setores, estão os de call center, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil e comunicação.

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Parlamentares favoráveis à derrubada do veto avaliam que voltar a onerar as empresas no contexto da pandemia de coronavírus seria um estímulo a demissões, dificultando a retomada da economia e a geração de empregos.

Em junho, o Congresso incluiu na medida provisória sobre redução de jornada de trabalho e salário em razão da pandemia um dispositivo com o objetivo de prorrogar a desoneração para esses segmentos até o fim de 2021.

Ao sancionar essa MP, em 6 de julho, o presidente Jair Bolsonaro vetou a prorrogação do incentivo fiscal aos 17 setores. O veto foi uma sugestão do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao Legislativo, o governo afirmou que a prorrogação da desoneração gerará renúncia de receita sem cancelamento equivalente de despesa.

Quando o presidente da República barra uma medida aprovada pelo Congresso, os parlamentares podem rejeitar o veto e resgatar o que haviam aprovado anteriormente.

A MP com a prorrogação da desoneração foi aprovada pela unanimidade dos senadores presentes na sessão do dia 16 de junho. Na Câmara, em maio, o texto também recebeu amplo apoio dos partidos.

*Com informações do G1

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