Defesa de Dra. Cristina teme sabotagem na campanha

Para a advogada de Dra. Cristina, Nara Bueno, a campanha da candidata a prefeita de Goiânia pode sofrer sabotagem | Reprodução.

Postado em: 02-10-2020 às 16h10
Por: Raphael Bezerra
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Para a advogada de Dra. Cristina, Nara Bueno, a campanha da candidata a prefeita de Goiânia pode sofrer sabotagem | Reprodução.

Celso Assis

Para a advogada de Dra. Cristina, Nara Bueno, a campanha
da candidata a prefeita de Goiânia pode sofrer sabotagem. O juiz eleitoral
Wilson da Silva Dias determinou em decisão de caráter liminar na última quarta
(30) que o Partido Liberal (PL) deveria sair da coligação de Maguito Vilela
(MDB) e sustentar a campanha de Cristina Lopes.

Bueno diz esperar “na atual conjuntura, uma postura
desleal do PL, com a utilização de sabotagens e artimanhas”. “Gostaria muito
que fosse diferente”, acrescenta a advogada.

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Na decisão do juiz Dias, o presidente municipal do PL,Valderyda
Silva Júnior, foi obrigado a entregar à Justiça Eleitoral documentos relativos
à convenção municipal do partido realizada em 16 de setembro, como o livro ata.

O prazo para entrega terminou na manhã desta sexta (2). O chefe de cartório da 133ª Zona Eleitoral Antônio
Márcio Gonçalves confirmou que o livro ata da convenção, o Demonstrativo de
Regularidade de Atos Partidários (DRAP) e a lista assinada dos presentes na
convenção foram entregues no prazo determinado. A multa pelo descumprimento era
de R$30 mil por dia.

A defesa da candidata apresentou como prova da suposta
fraude na ata da convenção uma gravação em vídeo da convenção partidária em que
Valdery da Silva teria apresentado Cristina Lopes como candidata e o Coronel Luís
Rosa como seu vice em uma “chapa pura”.

O PL, por sua vez, já havia apontado que mudou de ideia
em relação a candidatura de Cristina para apoiar a campanha de Maguito Vilela,
do MDB. O partido nega ter enviado à Justiça Eleitoral uma ata diferente
daquela produzida no dia da convenção.

Segundo a advogada eleitoral Marina Almeida Morais,
consultada pelo HOJE, a alternativa do PL seria impetrar um mandado de
segurança para suspender o efeito da liminar, porém issolevaria mais que 24
horas, mais que o prazo concedido pelo juiz Wilson Dias.

Apesar de o PL já ter declarado que não aceitará a
decisão liminar, a defesa de Cristina Lopes acredita que a Justiça não aceitará
o pedido do partido. “Para aconcessão [do mandado de segurança] é preciso a
demonstração de liquidez e certeza do direito pleiteado”, argumenta Nara Bueno.
“A certeza e a liquidez estão com a Dra. Cristina, não o inverso”.

Procurados pela reportagem do HOJE, nenhum representante
do PL quis comentar o caso.

 

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