Candidatos à presidência da Câmara: Lira e Baleia expõem suas prioridades

A votação acontece no início de fevereiro, após o retorno do recesso parlamentar | Fotos: Câmara do Deputados

Postado em: 11-01-2021 às 18h55
Por: Carlos Nathan Sampaio
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A votação acontece no início de fevereiro, após o retorno do recesso parlamentar | Fotos: Câmara do Deputados

Nathan Sampaio

Os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP), candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, foram ouvidos durante coletivas concedidanesta segunda-feira (11/1), em Brasília e em Santa Catarina. Com disputa indefinida, já que são 513 deputados federais para votar e, destes, muitos não estão de acordo com seus próprios partidos, ambos terão muito trabalho pela frente. Vale lembrar que Lira é conhecido como candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Rossi é candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Em Brasília Lira, durante seu discurso, afirmou de cara que é preciso haver mais transparência e previsibilidade para os parlamentares poderem votar nas propostas em Plenário. Ele defendeu ainda o retorno dos trabalhos do Colégio de Líderes e o respeito à proporcionalidade partidária na escolha das relatorias e na ocupação dos cargos em comissão.

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“Pretendemos fazer reunião do Colégio de Líderes às quintas-feiras à tarde, na semana que antecede a votação do Plenário. Transparência nessa pauta é necessária, bem como respeito à proporcionalidade partidária, tanto para ocupação de espaços quanto para nomeação de relatores, independentemente da ideologia. O PT tem o maior número de deputados, então terá mais relatores. A Rede tem o menor número, mas também terá relatorias”, explicou o candidato.

Segundo Lira, sua intenção é que as votações no Plenário ocorram terças, quartas e quintas. Ele destacou ainda que, nas quintas de manhã, serão votados projetos de deputados (não apenas acordos internacionais). Arthur Lira defendeu ainda o respeito ao regimento e às minorias.

Em relação às pautas econômicas, Lira elencou o que considera prioridade na sua avaliação, mas ressaltou que depende do posicionamento da maioria dos líderes para adotar a agenda de votações. Ele destacou a PEC Emergencial, seguida da reforma administrativa e, depois, a reforma tributária. Todas elas ainda no primeiro semestre deste ano.

“Nossa vontade é priorizar, nessa ordem, se o Colégio de Líderes concordar. Temos um Brasil bastante desigual, plural, para não cometer injustiças”, afirmou. “Se tiver voto vai ser aprovada, o presidente da Casa não fará opinião de valor sobre um projeto ou outro”, disse ainda o deputado.

Já Rossi, em Santa Catarina, defendeu a reforma tributária como uma das reformas vitais para o Brasil voltar a gerar emprego e renda. Segundo ele, é a proposta mais madura para a economia brasileira. Baleia defendeu também a continuidade da agenda de responsabilidade fiscal e de reformas, além de uma agenda de votação com foco no social, como propostas de ampliação do bolsa família.

O deputado ressaltou que o enfrentamento à pandemia deve ser um dos temas prioritários para a Câmara neste primeiro semestre. Ele criticou o atraso na vacinação da população brasileira. “Estamos preocupados pelo fato de que 50 países no mundo já estão imunizando, já estão com a vacina, e o Brasil ficou para trás. O Parlamento vai assumir o seu papel para que tenhamos a vacina o mais rapidamente possível. Esse último ano foi de angústia e de muita tristeza: foram mais de 200 mil mortos”, afirmou o parlamentar.

Rossi afirmou ainda que sua candidatura não é de oposição ao governo, mas de independência da Câmara em relação aos demais Poderes, para tratar de todos os assuntos que interessam à sociedade brasileira. Ele explicou que todos os votos dados por ele a projetos do governo foram dados por serem temas de interesse do Brasil. “A Câmara votou todas as medidas para o enfrentamento da pandemia”, disse. A votação acontece no início de fevereiro, após o retorno do recesso parlamentar 

Com informações da Agência Câmara de Notícias 

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