Em maioria de votos, 2ª turma do STF declara que Moro foi parcial ao condenar Lula

A ministra Cármen Lúcia mudou o voto e justificou que novos elementos juntados ao processo permitiram uma nova análise sobre os fatos levantados pela defesa do ex-presidente | Foto: reprodução

Postado em: 23-03-2021 às 18h35
Por: Carlos Nathan Sampaio
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A ministra Cármen Lúcia mudou o voto e justificou que novos elementos juntados ao processo permitiram uma nova análise sobre os fatos levantados pela defesa do ex-presidente | Foto: reprodução

Da Redação

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou nesta terça-feira (23/03) a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá. Foram três votos a dois, onde o colegiado julgou procedente um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Lula.

A análise do caso, retomada após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques, que se manifestou nesta terça contra o reconhecimento da suspeição, foi seguido pelos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia. Gilmar Mendes, presidente da Turma, e Ricardo Lewandowski já haviam votado no dia 9 de março a favor do HC. Ao votar nesta terça em defesa de Moro, Kassio Nunes construiu maioria pela rejeição da suspeição.

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Apesar disso, houve mudança de voto da ministra Cármen Lúcia, que em 2018, quando o julgamento foi iniciado, havia ido contra a suspeição de Moro. Na época, antes de virem à tona os diálogos entre Moro e a força-tarefa da Lava Jato, a ministra rejeitou os argumentos pela suspeição do ex-juiz. 

Cármen afirmou que novos elementos juntados ao processo permitiram uma nova análise sobre os fatos levantados pela defesa do ex-presidente. “O que se põe é algo que, para mim, é basilar: todo mundo tem direito a um julgamento justo, incluindo a imparcialidade do julgador”, disse ainda a ministra.

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