Caiado avalia que ministro de Relações Exteriores perdeu capacidade de diálogo

Samuel Straioto

Membros da política
nacional tem feito pressão para saída do ministro de Relações Exteriores,
Ernesto Araújo do cargo. Araújo tem relação ruim com países produtores de
Ingrediente Farmacêutico Ativo, o chamado IFA. Além disso, a tímida atuação da
diplomacia brasileira na busca por vacinas pelo mundo O governador Ronaldo
Caiado comentou o assunto nesta sexta-feira (26), e avaliou que o ministro
“perdeu a capacidade de diálogo”. Caiado participou de videoconferência com
integrantes do comitê nacional de combate à Covid-19.

 “Quanto a mudar
é uma prerrogativa do presidente. Agora, está evidente que ele perdeu a sua
capacidade de diálogo, principalmente com os países que hoje, tem a expertise
da produção da vacina. A articulação diplomática dele com os Estados Unidos, a
China, Coreia e Índia está fragilizada”, afirmou o governador de Goiás. Ronaldo
Caiado ainda argumentou que é preciso que o país tenha um porta-voz com maior
capacidade de interlocução. “Isso é uma realidade e é consenso para que tivesse
algum porta-voz que tivesse maior capacidade de interlocução e de trazer seja a
compra de vacinas ou o IFA ou a produção aqui no Brasil mesmo para nós ampliarmos
a oferta a população”, destacou Caiado.

Na última
quarta-feira (24), Ronaldo Caiado havia sido porta voz entre os governadores e
defendeu isolamento social. As primeiras questões tratadas pelo organismo, com
participação da iniciativa privada, são a ampliação dos leitos de UTI, a
solução dos problemas com fornecimento de oxigênio e insumos de
medicação.  A reunião desta sexta-feira foi presidida pelo presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco. Com exceção de Sergipe, São Paulo e Tocantins, que
mandaram vices à reunião, os demais estados foram representados por seus
governadores. “O tema principal é vacinas, ao que propusemos que possamos fazer
uma agenda em conjunto com o secretário da Organização Nacional das Nações
Unidas, para que possamos ter a entrega de vacinas, a sensibilidade do mundo
para ajudar o Brasil com mais vacinas”, afirmou Wellington Dias (PT),
governador do Piauí, nesta sexta.

Na reunião foram
apresentadas as seguintes demandas: meta de ter 1 milhão de brasileiros
vacinados por dia até o meio de abril e 2 milhões até maio; Acompanhamento, de
forma integrada entre União e estados, do cumprimento dos contratos e
cronogramas de entregas de insumos e vacinas por outros países; Pedido de
agenda com o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres; Apoio
aos municípios em relação à Atenção Básica de Saúde, à distribuição de máscaras
e kits de higiene, à implementação de barreiras para entrada nas cidades e
também barreiras sanitárias nos aeroportos.

Bissoto é confirmado
na Secretaria de Administração

O prefeito de
Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) avançou na reforma do secretariado da
gestão municipal. Depois de mudanças nas secretarias de Governo, Comunicação e
Educação, foi confirmada alteração no comando da pasta de Administração. A
exoneração de Marcela Araújo foi publicada na última quinta-feira (25), e houve
a nomeação de Fabiano Bissoto para o lugar dela. Bissoto era assessor do
deputado estadual Jefferson Rodrigues, que é do mesmo partido de Rogério Cruz.
Rodrigues é figura presente no Paço Municipal, com constantes reuniões com o
prefeito da capital.

Ainda devem ocorrer
mudanças na secretaria de Cultura, cujo titular é Kléber Adorno e ainda na
Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que é comandada por Aristóteles
de Paula. Na noite passada foi publicada no Diário Oficial a exoneração de
Marcelo Ferreira da Costa e a nomeação do vereador Wellington Bessa para o
cargo de secretário municipal de Educação. Na última quinta-feira, o prefeito
Rogério Cruz disse que as alterações tinham sido acertadas com o presidente
estadual do MDB, Daniel Vilela.

As mudanças
promovidas na gestão de Rogério Cruz têm atingido Iristas que permaneceram na
gestão municipal em 2021.  Das substituições já feitas ou que ainda serão,
apenas Bruno Rocha Lima (ex-secretário de Comunicação) não estava na gestão de
Iris Rezende ou não tinha ligação direta com o ex-prefeito. Os demais nomes que
desembarcaram ou que são cotados para deixar o Paço foram secretários de Iris
((Marcela Araújo, Marcelo Ferreira, Kléber Adorno e Aristóteles de Paula) ou
eram próximos dele (Andrey Azeredo). Na campanha eleitoral do ano passado a
maior parte dos secretários da gestão de Iris Rezende, deram apoio a Maguito
Vilela. Ainda no Diário Oficial do Município desta quinta-feira, houve a
exoneração de Jairo da Cunha Bastos, que ocupava cargo de assessor na
Secretaria de Governo, e que foi secretário de Administração. (Especial Para O Hoje)