Mudança na Esplanada dos Ministérios repercute entre deputados federais goianos
Parlamentares comentaram sobre as trocas que ocorreram nesta segunda-feira (29/03) | Foto: Sérgio Oliveira
Por: Redação
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Jailson Sena e João Gabriel Palhares
A reforma ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (29/03), repercutiu entre os parlamentares goianos em Brasília. Entre as mudanças comentadas, estão a do Ministério da Defesa, que é um dos pilares do governo, e da Advocacia Geral da União (AGU).
O deputado federal Rubens Otoni (PT), em entrevista ao O Hoje, diz que as mudanças mostram a dependência do governo com os partidos de centro. “Por um lado confirma a dependência cada vez maior de Bolsonaro com o centrão e demonstra a fragilidade das relações políticas dele na área militar”, comentou.
Também circula nos bastidores, segundo o deputado, o motivo da saída de Fernando Azedo e Silva, da defesa, e José Levi, da AGU, teria haver com uma negativa deles com o presidente sobre a decretação de estado de sítio. “O Ministro da Defesa e, ao que parece os chefes das três forças, não aceitaram a proposta de decretar estado de sítio. Daí o afastamento do minissaia Defesa e também o da AGU ”, afirmou.
O deputado José Nelto (Podemos), em conversa com O Hoje, avaliou a saída como algo não muito positivo. “Trocar qualquer ministro neste momento não é bom para o país. No caso de Fernando, ele tinha uma boa relação com a área militar”, diz o deputado. Com essa mudança, segundo o deputado, outras poderão acontecer na Esplanada.
“Isso demonstra que o governo vai fazer uma reforma ministerial e que o presidente pode consolidar o presidencialismo de coalizão, onde vai chamar o congresso para governar”, pontua.
Para ele, o perfil do próximo ministro para o Ministério da Defesa deve ser que respeite a constituição. “Tem que ser alguém que vai dar garantia ao comprimento da constituição brasileira e que tenha a cabeça com ares democráticos”, finaliza.