Reforma ministerial: confira quem entra no governo Bolsonaro

Palácio do Planalto oficializa troca de comando em seis ministérios. O anúncio foi feito nessa segunda-feira (29/03) | Foto: reprodução

Postado em: 30-03-2021 às 09h00
Por: Nielton Soares
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Palácio do Planalto oficializa troca de comando em seis ministérios. O anúncio foi feito nessa segunda-feira (29/03) | Foto: reprodução

O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta terça-feira (30/03) a
publicação dos decretos que oficializam as mudanças no comando de seis pastas
do primeiro escalão do governo federal. A reforma ministerial foi anunciada nessa
segunda-feira (29/03) pelo presidente Jair Bolsonaro e inclui trocas na Casa
Civil e na Secretaria de Governo, ambas ligadas à Presidência da República, no
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), no Ministério das Relações
Exteriores, no Ministério da Defesa e na Advocacia-Geral da União (AGU).

A Casa Civil será comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, em
substituição ao também general Walter Braga Netto. Ramos, que até então ocupava
a Secretaria de Governo, será substituído pela deputada federal Flávia Arruda
(PL-DF), que faz parte da base de apoio do governo no Congresso. Já Braga Netto
será deslocado para o comando do Ministério da Defesa no lugar do general
Fernando Azevedo e Silva, que anunciou ontem sua demissão do cargo.

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Na AGU, o governo anunciou o retorno de André Mendonça como advogado-geral,
deixando então o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele
entra no lugar de José Levi, que informou mais cedo sobre sua saída do cargo.
Mendonça volta a ocupar o mesmo cargo em que esteve até abril de 2020, quando
substituiu o ex-ministro Sergio Moro no comando do MJSP. Em seu lugar no
ministério, assumirá o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres,
atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Também foi confirmada a mudança no Ministério das Relações Exteriores,
com a saída de Ernesto Araújo. A atuação do chanceler vinha sendo questionada
pelo Congresso Nacional. Parlamentares governistas e de oposição tanto da
Câmara quanto do Senado pressionaram pela saída do ministro da pasta,
especialmente por causa das relações do Brasil com a China e na condução
diplomática para o enfrentamento à pandemia de covid-19. Governadores também se
manifestaram favoravelmente.

Ernesto Araújo estava no comando do Itamaraty desde o início do governo
Bolsonaro e, em seu lugar, assume o diplomata Carlos Alberto França, atualmente
assessor especial de Bolsonaro, mas que até poucos meses atrás ocupava o cargo
de chefe do cerimonial da Presidência da República. França foi promovido a
ministro de primeira classe (embaixador) em 2019, o último posto da carreira
diplomática. No exterior, atuou como ministro-conselheiro na Embaixada do
Brasil na Bolívia e também serviu em representações diplomáticas em Washington
(EUA) e Assunção (Paraguai). (ABr)

 

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