Prefeitura de Goiânia arrecadou e se endividou mais, diz relatório

A receita total teve aumento de 15,1%, com valor total de R$ 6,132 bilhões comparados com R$ 5,327 bilhões de 2019 | Foto: Reprodução

Postado em: 13-04-2021 às 08h00
Por: Augusto Sobrinho
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A receita total teve aumento de 15,1%, com valor total de R$ 6,132 bilhões comparados com R$ 5,327 bilhões de 2019 | Foto: Reprodução

Dayrel Godinho 

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), fará a sua primeira prestação de contas à Câmara Municipal de Goiânia hoje (12), com redução no endividamento e aumento na arrecadação da Prefeitura. O relatório que será apresentado é referente ao último quadrimestre de 2020, quando Iris Rezende (MDB) ainda era prefeito da capital. A prefeitura fechou o caixa em 2020 com R$ 255 milhões de superávit primário. 

Apesar do primeiro ano de pandemia e das consequências econômicas das medidas de combate à covid-19, A prefeitura de Goiânia conseguiu fechar o ano com as contas no azul, graças ao aumento da arrecadação através do aumento de impostos como o IPTU e no ISS, além da chegada de recursos para investimentos em conjunto com uma redução no nível de endividamento da Gestão. 

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De acordo com os dados do relatório do último quadrimestre, publicado no Diário Oficial da Prefeitura de Goiânia em fevereiro, a receita total teve aumento de 15,1%, com valor total de R$ 6,132 bilhões comparados com R$ 5,327 bilhões de 2019. O número também é R$ 67 milhões acima da previsão realizada para o mesmo semestre.

Os gastos totais da prefeitura foram de R$ 5,615 bilhões. Com isso a prefeitura fechou o caixa em 2020 com R$ 255 milhões de superávit primário, que estão R$ 15,1 milhões acima do que estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada para este ano.

Arrecadação 

Este aumento na Receita é justificado pelo crescimento das transferências correntes líquidas (RCL) (+30,8%) e da arrecadação de impostos (+5,52%), já que todas as cobranças registraram elevação: IPTU (4,49%), ISS (1,85%) e ISTI (15,43%). As despesas também subiram e terminaram o ano em R$ 5,676 bilhões – elevação de 16,6%. O crescimento se deve, principalmente, pelo aumento de investimentos (103%), despesa corrente (12,95%) e folha de pessoal (8,5%). 

Para se ter uma ideia, essa evolução tem sido constante nos últimos cinco meses, quando as receitas correntes que vieram de impostos municipais como IPTU, ISS, ITBI, IRRF e outros impostos, com uma leve queda no mês de novembro, quando as receitas correntes foram de R$ 396,7 milhões, com um aumento de 75% se comparado ao mês anterior. 

Quase metade dos gastos da prefeitura foram com despesas com pessoal (a folha de pagamento): R$ 2,4 bilhões. O valor, no entanto, está abaixo do limite máximo definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal LRF).

De acordo com o ex-secretário de finanças Alessandro Mello, que esteve na pasta até o dia 5 de abril e é o responsável pela elaboração do relatório, esse caixa superavitário se deu porque a prefeitura teve uma política do ex-prefeito Iris Rezende, quando ele e sua equipe promoveram um “grande trabalho de ajuste fiscal, desde o início da gestão (2017)”.

Ele saiu da pasta na última semana, junto com o grupo de 13 ex-secretários emedebistas, e  avalia que o caixa da prefeitura que foi deixado pelo prefeito de Goiânia é extremamente benéfico para a gestão que se inicia, totalmente no azul.

Ele explica que toda essa situação se deu por causa da política do grupo que estava na gestão, que fechou o caixa acima da previsão da LDO. “A meta da LDO era de um superávit de 15 milhões, mas o resultado final foi bem melhor 255 milhões”, explicou o ex-secretário.

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