Para justificar R$ 2,3 milhões em gastos, CGU diz que Bolsonaro estava trabalhando na praia

Ministro da CGU foi convocado a prestar esclarecimentos a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados | Foto: Reprodução

Postado em: 20-04-2021 às 15h47
Por: Raphael Bezerra
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Ministro da CGU foi convocado a prestar esclarecimentos a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados | Foto: Reprodução

Luan Monteiro

O ministro-chefe da
Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse nesta terça-feira
(20/4), que o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), estava trabalhando “fora
do local costumeiro” e não estava de férias entre os dias 18 de dezembro e 5 de
janeiro.

O ministro deu a
declaração ao se apresentar na
Comissão
de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, para prestar
esclarecimentos sobre a viagem de fim de ano presidente, onde foram gastos R$
2,3 milhões.

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As despesas são
referentes a viagens de Bolsonaro a São Francisco do Sul, Santa Catarina, entre
19 e 23 de dezembro, e ao Guarujá, em São Paulo, entre 28 de dezembro e 4 de
janeiro, incluindo o Revéillon.

As informações sobre
o valor gasto pelo presidente durante as férias foram obtidas por requerimento
do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).
“É
um tapa na cara do brasileiro. Em plena pandemia, quando o Brasil registrava
quase 200 mil mortes, o presidente torrava o dinheiro do povo com passeios.
Enquanto isso, falta comida no prato de milhares de cidadãos atingidos em cheio
pela crise”, disse o deputado na após ter requerimento atendido.

Na Câmara, Wagner defendeu
que
o presidente não passou o comando
do país ao vice-presidente, Hamilton Mourão, e trabalhou normalmente durante o
período. “O presidente da República despachou diariamente com todos seus
ministros e assessores, também só nesse período, assinou um decreto, sete
medidas provisórias e sancionou seis projetos de lei. Então, só por aí a gente
entende que o presidente da República não estava de férias, ele estava a
trabalho no local fora do local costumeiro, onde ele realiza as suas
atividade”, alegou o ministro.

O ministro disse, também, que quem não estivesse satisfeito
com a explicação que tentasse aprovar uma lei no Congresso “proibindo” o
presidente de sair do Palácio do Planalto. Ele justificou que, no cartão
corporativo, 70% dos gastos foram com hospedagem porque durante a pandemia de
Covid-19 os seguranças ficaram em quartos separados, dobrando as despesas. 

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