Cuidados para evitar a obesidade dos pets

Assim como os humanos, gatos e cães podem ter tendência à obesidade e esse quadro não deve ser sempre culpa do tutor | Foto: Reprodução

Postado em: 25-05-2021 às 08h56
Por: Redação
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Assim como os humanos, gatos e cães podem ter tendência à obesidade e esse quadro não deve ser sempre culpa do tutor | Foto: Reprodução

Ter um estilo de vida saudável, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação equilibrada são fatores importantes para a saúde de todos os seres vivos. Mas, segundo especialistas, existe a hipótese de que  aproximadamente  60% do nosso peso corporal esteja relacionado à genética e não às escolhas feitas. E, com gatos e cães, não é tão diferente.

Assim como os seres humanos, grande parte das características físicas e condições de saúde dos pets estão relacionadas ao DNA. O desafio de manter o peso corporal dos animais é diário e, inclusive, o tutor deve resistir à tentação de ceder à ‘carinha de pidão’ do pet.

Recentemente, um painel de debates reuniu profissionais renomados da Medicina Veterinária, incluindo o Professor Alex German, Especialista em obesidade animal, da Universidade de Liverpool, e a Nutricionista de saúde pública Dra. Hilda Mulrooney, da Universidade Kingston. Na mesa redonda, eles discutiram a necessidade dos Médicos-Veterinários e dos tutores de olharem para um cenário além dos estereótipos da obesidade e aumentarem a atenção para fatores que podem influenciar o peso dos pets, como o ambiente, o comportamento e a biologia.

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A obesidade, portanto, deve ser tratada como qualquer outra condição de saúde que possui um mecanismo mais complexo e que contempla uma base genética, sem a necessidade do tutor sentir culpa ou qualquer ‘sentimento de falha’ perante o quadro desenvolvido pelo animal.

É sempre importante lembrar que é responsabilidade do tutor garantir ao pet um estilo de vida, alimentação e um ambiente saudável. Mas a ideia de que a obesidade é o resultado apenas da falta de conhecimento, força de vontade ou falta de amor dos tutores para com seus pets não é verdadeira. As mudanças devem ser feitas sempre com o reforço positivo e com o suporte necessário para manter a qualidade de vida dos gatos e cães, seguindo as orientações do Médico-Veterinário.

Portanto, o “jogo da culpa” não deve existir, independente do papel que a pessoa ocupe na vida do pet. O principal é buscar conhecimento sobre a doença e saber como gerenciar o peso corporal dos pets para ajudá-los a viver o mais saudável possível, para uma vida longa e feliz.

Como controlar o peso do pet

Tudo começa na consulta com o Médico-Veterinário. Levar o pet para check-ups regulares é essencial. O Médico-Veterinário poderá identificar os fatores predisponentes e de risco, e prevenir ou identificar o excesso de peso, assim como indicar soluções específicas para o caso individual do pet.

Exercícios físicos regulares e adequados também são fundamentais para o bem-estar do pet. Os tutores de cães podem levá-los para praticar exercícios externos, como caminhadas ou corridas de curta distância. Já no caso de gatos, podem estimulá-los com brincadeiras que promovam a atividade do animal, como varinhas, bolinhas e enriquecimento ambiental.

Além dos benefícios físicos em si, isso fortalece o vínculo com o pet. Para animais com excesso de peso, a intensidade e duração da atividade física deve ser sempre recomendada e acompanhada pelo Médico-Veterinário. (Especial para O Hoje)

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