Arquitetura sustentável, um olhar no futuro das grandes cidades

Entender sobre a necessidade do “verde” no espaço urbano, e o impacto causado pela construção civil no mundo é ideal para uma política de segurança climática no planeta

Postado em: 30-05-2021 às 09h33
Por: Redação
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Entender sobre a necessidade do “verde” no espaço urbano, e o impacto causado pela construção civil no mundo é ideal para uma política de segurança climática no planeta | Foto: reprodução

Por João Lucas Ferreira

Falar sobre sustentabilidade no meio urbano é uma necessidade de urgência, a globalização e o crescimento acelerado das cidades acabaram abandonando algo indispensável na vida humana, a natureza. Pensar em como incluir o “verde” nas grandes “florestas de concreto” como dizem alguns especialistas, é algo muito feito na teoria e quase nada na prática.  Já é assunto nas principais empresas de arquitetura do Brasil a necessidade dessa adesão na construção civil das grandes cidades. Técnicas como a utilização de recursos renováveis, pensar melhor no gerenciamento dos resíduos de construções e demolições, e a eficiência energética já é cobrança efetiva dos profissionais na área.

“O telhado verde, assim como o sombreamento, é uma das grandes soluções para melhorar os espaços das cidades com muitos benefícios como a melhoria no clima, meio ambiente e visual. Além de tudo, com ótimo custo-benefício”, diz Érika Souza, arquiteta e urbanista. O sombreamento é cada vez mais integrado dentro das grandes cidades, porém, em diversos lugares ainda faltam políticas públicas com um olhar futurista para essa técnica.

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“O mercado não pensa muito no viés sustentável dentro das construções civis privadas, porque o cliente não tem muito interesse quando se fala em sustentabilidade”, conta Érika. A falta de conhecimento ainda é grande quando o assunto é sustentabilidade dentro das próprias casas, ou melhor, no meio em que se vive. Discutir o futuro pensando no meio ambiente não é uma novidade, em 2001 a Architectual Design já mostrava interesse ao tema que introduzia a arquitetura verde em nível internacional.

A construção civil tem um impacto gigantesco sobre o planeta, 75% dos materiais retirados do meio ambiente vão parar na construção civil, segundo pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013. As práticas aplicadas na sustentabilidade do meio civil não observam o ponto principal que é essa questão da exploração insustentável do meio ambiente. “Investir em sustentabilidade é melhorar a qualidade de vida das gerações futuras, ou pelo menos manter, não deixando como herança danos para próximas gerações”, cita Adriana Bernardi, mestre em arquitetura sustentável e pesquisadora na área.

Uma das principais causas que a pesquisadora observa é a questão das toxinas liberadas durante o processo de movimento na construção civil, sendo perigosas para a saúde, podendo até causar doenças por conta da quantidade de substâncias químicas presente em certos tipos de materiais, deixando como exemplo o cimento, que contém uma energia embutida de alto nível, sendo ele considerado uma base do sistema construtivo.

O “verde” como solução

Buscar o aumento da quantidade de áreas verdes dentro das cidades tem vários benefícios, sendo os principais deles o melhoramento do clima, amenizando os efeitos das chamadas “ilhas de calor”. E a absorção da água, que é outro grande problema causado quando ocorre uma considerável quantidade de chuva.

Os “edifícios verdes” também são outra solução que está sendo muito utilizada na construção de grandes prédios, esse tipo de habitat busca incorporar uma vasta gama de técnicas para reduzir o impacto dessas construções ao meio ambiente. Projetar um edifício em harmonia com a natureza é a filosofia do termo, trazendo consigo características e recursos naturais como a energia solar e o reaproveitamento total das águas.

Aproveitamento de Águas Pluviais

Esse tipo de técnica já é uma grande estratégia aplicada em países primários. A água pluvial é coletada em áreas consideradas impermeáveis, sendo como exemplos, telhados, pátios ou áreas de estacionamento, e encaminhadas para reservatórios de acumulação. Já existe no Brasil uma norma (NBR 1527:2007) que regulariza o uso adequado desse recurso, fornecendo os requisitos ideais para o aproveitamento de água de chuva de lugares em áreas urbanas para fins não potáveis.

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