Homenagens ao Dia Mundial do Rock trazem programação com shows e documentários

Ao som da guitarra, o rock se consagrou como o gênero transgressor e que marcou gerações. Comemorado nesta terça-feira (13), a data celebra um dos estilos musicais mais famosos da história, que surgiu na virada da década de 1940 para a de 1950 e misturou elementos do rhythm and blues, jazz e country and western, estilos muito populares nos Estados Unidos. Para os roqueiros de plantão, o que não vai faltar é programação. A banda União Clandestina, conhecida no cenário do rock goiano, homenageia o dia na Terça no Teatro às 20h.

O Dia Mundial do Rock, apesar do nome, é uma data comemorada somente no Brasil. Ela começou a ser celebrada em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas dedicadas ao rock, 89 FM e 97 FM, começaram a mencionar a data em sua programação. A celebração foi amplamente aceita pelos ouvintes e, em poucos anos, passou a ser popular em todo o país. O dia 13 de julho foi escolhido porque no mesmo dia em 1985, Bob Geldof organizou o ‘Live Aid’, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos.

Como bons roqueiros que são, a banda União Clandestina escolheu a data para lançar o EP ‘Produto Bom’ em um show na Terça no Teatro. A transmissão é feita pelo canal do Teatro SESI no YouTube (www.youtube.com/teatrosesigo) e tem tradução para Libras. A apresentação conta com canções inéditas, além de músicas conhecidas pelo público. Neste show, a banda pretende passar uma mensagem de atitude, respeito e resistência à plateia virtual. “Não vão calar a nossa voz”, diz Murilo Matos, o guitarrista do grupo.

A banda União Clandestina é formada por João Paulo no vocal, Murilo Matos, na guitarra e também no vocal, Rafael Marçal no baixo e George Augusto na bateria. A banda surgiu em 2013, quando eles, um grupo de amigos, com afinidade musical e muita disposição, se reuniram para criar suas próprias canções. “Riffs pesados e rimas rápidas começaram a surgir, groove e atitude não faltava. Então as canções começaram a tomar forma, resolvemos que faríamos todas as letras em português e que utilizaríamos influências do rock e rap nacional”, explica o guitarrista.

De acordo com o grupo, eles respiram música e fazem do rock prioridade em suas vidas. “Estamos orgulhosos e ansiosos, já que é um show inédito. Esse Dia Mundial do Rock é especial para nós, requer muita responsabilidade, e também é aniversário do nosso baterista (risos). Ficamos felizes em poder representar as bandas de rock goianas nesse dia, gostamos muito da ideia de fazer parte da quebra dos padrões, tendo em vista o ambiente teatral e o rock (pesado), estamos certos de que será um grande show”, finaliza o guitarrista Murilo Matos.

O dia que o rock parou o mundo

Há 36 anos Bob Geldof organizava o que viria a ser o maior e mais importante festival de música até hoje, o Live Aid. Em 13 de julho de 1985, Bob uniu dezenas de artistas em Londres, no Wembley Stadium, e na Filadelfia, no John F. Kennedy Stadium, que, simultaneamente, receberam mais de 160 mil pessoas com o objetivo arrecadar fundos para a luta contra a fome na Etiópia. Naquele dia se apresentaram Black Sabbath, Judas Priest, Phil Collins, U2, David Bowie, Elvis Costello, Sting, The Who, Elton John, Paul McCartney e, claro, o Queen.

O evento também foi transmitido ao vivo para uma audiência estimada de 1.9 bilhões de pessoas em 150 países diferentes. O impacto do Live Aid foi tanto que agora, 36 anos depois, fãs de todas as gerações admiram o evento e a força que ele trouxe à causa. O festival deu origem ao Dia Mundial do Rock, comemorado hoje, e inspira até hoje músicos de todo o mundo. Entre os grandes concertos, destaque para o dos Queen, com o carismático Freddie Mercury a dominar e a surpreender a plateia com uma apresentação épica.

Mais homenagens

Os canais BIS, Curta!On e a plataforma de streaming Box Brazil Play também preparam homenagens para o Dia Mundial do Rock. Com uma programação voltada para a celebração, os canais oferecem aos amantes do gênero shows, documentários, séries, entrevistas nacionais e internacionais e muito mais. O intuito, além de celebrar a data, é valorizar os artistas que fizeram com que o rock se tornasse o que é hoje. Valorizar a trajetória daqueles que lutaram para levantar o gênero se destaca entre o entretenimento.

Hoje, o BIS traz os grandes ícones da música para as telas. Entre clássicos e registros inéditos, os amantes do rock terão 24 horas de programação especial, que começa às 7h, com Chuck Berry em seu show de 1969, em Toronto. Ao longo do dia o rock nacional também marca presença com série ‘Como Nossos Ídolos’ com Legião Urbana, CPM 22, no ‘Rock Estúdio’, e versões ao vivo de shows de Rita Lee, Pitty, CPM 22 e Titãs. Nos destaques internacionais têm David Bowie, Paul McCartney, Pink Floyd, Queen, Beatles, Rolling Stones, entre outros.

Já o Curta!On reúne quatro atrações que resgatam shows marcantes e histórias de bastidores de nomes consagrados do rock . A série ‘Clássicos do Rock’ resgata shows memoráveis de Chuck Berry, U2, Joan Baez e Genesis. Já ‘Álbuns Clássicos’ apresenta obras de Lou Reed, Queen, The Doors e The Who. O rock nacional marca presença com dois documentários: ‘Barão Vermelho, Por Que a Gente é Assim?’ conta a trajetória dessa banda precursora do movimento BRock; e ‘Blitz, o Filme’ segue os passos da primeira banda de pop-rock a estourar no país.

E por fim, a plataforma de streaming Box Brazil Play apresenta cinco destaques de seu catálogo. ‘Especial Detonautas’ que mostra um bate-papo com os integrantes do grupo. ‘Ratos de Porão – 30 anos crucificados pelo sistema’ reúne a primeira formação da banda, além de personalidades do movimento punk para contar as histórias por trás deste disco icônico. ‘Guitar Days’ mostra como os esforços das guitar bands ajudaram a consolidar o indie rock nacional. E os shows ‘Biquíni Cavadão – Ilustre Guerreiro’ e ‘Dead Fish ao vivo em São Paulo’ finalizam a programação.