Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Analogia do Goleiro: entenda por que mesmo após a vacina é possível contrair Covid-19

Segundo Natália Pasternak, quando um bom goleiro toma gol ele não deixa de ser um bom goleiro

Postado em: 10-10-2021 às 11h41
Por: Maria Paula Borges
Imagem Ilustrando a Notícia: Analogia do Goleiro: entenda por que mesmo após a vacina é possível contrair Covid-19
Segundo Natália Pasternak, quando um bom goleiro toma gol ele não deixa de ser um bom goleiro | Foto: Reprodução

As campanhas de imunização estão avançando cada vez mais e o Brasil atingiu na última quarta-feira (06/10) a marca de 60% da população maior de 18 anos com o ciclo vacinal completo contra o vírus, conforme informações do governo federal. Dessa forma, é clara a eficiência do esquema vacinal quando analisamos a média móvel de casos e óbitos registrados. Segundo dados do governo, desde junho, esta caiu mais de 70% e em setembro o país registrou o menor número de mortes pela doença em 2021.

Entretanto, mesmo com a vacina ainda são registrados óbitos e casos da doença. Para explicar o porquê de mesmo após a imunização ainda existem pessoas contraindo a Covid-19, a Drª Natália Pasternak faz uma analogia didática entre a vacina e o futebol. É importante entender como a vacina funciona e, principalmente, ela não é infalível.

Segundo Natália, uma boa vacina pode ser relacionada a um bom goleiro. “Como sabemos que o goleiro é bom? Vamos olhar o histórico dele. A frequência com a qual ele faz defesas. Se ele defende com frequência, ele é um bom goleiro. Isso não quer dizer que ele é invicto, que ele nunca vai deixar de tomar gol. Mas, mesmo se tomar gol, ele não deixa de ser um bom goleiro”.

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Portanto, se por exemplo Manuel Neuer, goleiro do Bayern de Munique e um dos melhores do mundo, não consegue defender e leva gol em um jogo, isso não o torna um goleiro ruim e ineficiente, apenas significa que ele tomou um gol, mas que continua um goleiro excepcional. Caso ele trabalhe em um time que tenha a defesa ruim as chances de ele defender também serão baixas.

Em relação a analogia de Pasternak, a defesa ruim do time significa a falta de uso de máscaras e álcool em gel, além de frequentar aglomerações. “Se houver aglomeração, haverá muito mais vírus circulando; ou seja, mais bolas para o gol, então a probabilidade de ele tomar gol é maior. A mesma coisa acontece com uma vacina (…) A vacina diminui o seu risco de ficar doente, agora se você estiver numa área onde a defesa do time é ruim, onde o vírus está circulando muito, a chance de você ficar doente aumenta. Ou seja, as bolas ao gol. E a vacina é o goleiro”, explicou ela.

Assim como um bom goleiro, as vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Além disso, é comprovado que os imunizantes diminuem as chances de uma infecção grave. De acordo com Natália, é crucial que as pessoas entendam a função da vacina. “Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam. As vacinas reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisarmos de hospitalização e a chance de morrermos”.

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