Filósofo britânico defende em livro a experiência do sagrado frente a ateísmos c

Um dos mais respeitados nomes do conservadorismo britânico, Roger Scruton evita defender a prática ou doutrina de uma fé em especial.  No

Postado em: 26-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Um dos mais respeitados nomes do conservadorismo britânico, Roger Scruton evita defender a prática ou doutrina de uma fé em especial.  No entanto, em seu novo livro, A Alma Do Mundo, o filósofo lança seu olhar sobre uma visão religiosa do mundo, que, a seu ver, não pode ser captada pelas lentes dos materialistas e dos naturalistas.

Longe de apresentar uma defesa da existência de Deus, Scruton argumenta que, independentemente do significado evolucionista que possa ser atribuído à crença religiosa e seu papel na seleção natural, há uma função fundamental que ela representa, referente à manutenção da vida humana: “As religiões dão foco e ampliam o senso moral; elas cercam aqueles aspectos da vida nas quais as responsabilidades pessoais estão enraizadas, notavelmente, o sexo, a família, o território e a lei. Elas alimentam as emoções distintamente humanas, como esperança e caridade, que nos elevam acima dos motivos que regem a vida dos outros animais e nos levam a viver pela cultura, não pelo instinto”, conclui.  

O autor afirma que as discussões atualmente em voga sobre as crenças religiosas estão relacionadas ao confronto entre o cristianismo e a ciência moderna e aos ataques terroristas do 11 de setembro, que aumentaram a tensão entre o Islã e o mundo ocidental.  No entanto Scruton reforça que os embates têm origens diferentes. Sendo o primeiro intelectual e o segundo emocional.

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A Alma Do Mundo propõe uma reflexão sobre a importância do sagrado no mundo e o que seu esvaziamento pode significar.


SERVIÇO:

A Alma do Mundo’, de Roger Scruton

Páginas: 238 

Preço: R$ 44,90

Editora: Record

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