“Perdi tudo”: o que o vencedor do BBB 22 deve fazer para não perder o prêmio de R$ 1,5 milhão

Goiano Dhomini, campeão do BBB3, contou que perdeu tudo que ganhou no reality show

Postado em: 06-02-2022 às 11h43
Por: Ícaro Gonçalves
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Goiano Dhomini, campeão do BBB3, contou que perdeu tudo que ganhou no reality show | Foto: Reprodução

A 22ª edição do Big Brother Brasil (BBB) já começou e ao final, dará um milhão e meio de reais ao vencedor ou vencedora. Embora o prêmio seja o mesmo pago desde 2010 e já tenha se desvalorizado bastante, a pequena fortuna é uma oportunidade do campeão enriquecer e nunca mais ter de se preocupar com dívidas – mas só se souber administrar bem o dinheiro.

Entre os 21 ex-BBB’s que já venceram o programa, alguns deles não souberam lhe dar com o valor ganho, fizeram maus investimentos e faliram. Um dos exemplos mais lembrados é o do goiano Dhomini Ferreira, campeão da 3ª edição do reality. Dhomini faturou R$ 500 mil ao final do programa. Nos anos seguintes, ele tentou empreender em diferentes setores da economia, com negócios como postos de gasolina e imóveis. Sem sucesso.

Com o passar dos anos, o goiano afirmou ter aprendido que não era possível viver apenas do prêmio, ressaltando a importância de gerar renda. Nas redes sociais, ele conta que nos últimos anos conseguiu recuperar e até quadruplicar o valor do prêmio com novos investimentos.

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“Fiz investimentos. Errei algumas vezes, acertei outras. Tenho uma casa confortável hoje, mas eu não vivo mais do prêmio, ele circulou. Descobri que homem não vive de prêmio, vive de renda. Tem que ter um rendimento mensal para ter vida próspera. Fica a dica pra quem vem aí”, ressaltou em entrevista ao Altas Horas, da TV Globo.

Já Cida, participante do BBB 4, também ganhou R$ 500 mil após vencer o programa. Conseguiu comprar uma boa casa em Mangaratiba (RJ), com piscina, dois quartos grandes e uma ampla sala, mas perdeu tudo ao ter que assumir a dívida de um imóvel do qual era fiadora. Além disso, emprestou parte dos recursos e não obteve retorno.

Em 2019, a ex-babá revelou sua história em entrevista ao Domingo Show. “Conheci uma pessoa, que se dizia assessora, e ela pediu pra ser fiadora de uma casa dela no Recreio, no Rio de Janeiro. Resumindo tudo, essa pessoa não pagou o aluguel da casa, me colocaram na Justiça, e precisei negociar com a dona. Gastei um dinheirão na reforma da casa da mulher. E o acordo dela foi tirar meu nome do processo. Gastei o dinheiro todo que tinha e ela não tirou. Fiz a reforma e ela agiu de má-fé”, afirmou Cida.

Vencedor da 9ª edição do programa, Max Porto é outro que, atualmente, não tem um real do prêmio de R$ 1 milhão. Ele fez viagens e pagou dívidas, além de ter contraído novos compromissos financeiros. Atualmente, é artista plástico e admite arrependimento por ter desperdiçado todo o dinheiro. Mas vê o recebimento do prêmio como um “vale-sonho”.

Onde investir para não perder tudo?

Os analistas são unânimes em duas orientações ao novo milionário que ganhará o BBB 22 – e que podem não ter sido seguidas pelos ex-BBBs vencedores. O primeiro passo é entender o seu perfil de risco. Ao entender se a pessoa é mais conservadora, moderada ou arrojada na hora de investir, é possível alocar o dinheiro da forma mais adequada.

O segundo, que segue a primeira dica, é diversificar o dinheiro em diferentes modalidades de investimento. Ou seja, separar o R$ 1,5 milhão, prêmio atual oferecido ao ganhador, em diversos montantes, em que cada um poderá ser usado no curto, médio e longo prazo.

Pode ser interessante aplicar os valores que serão utilizados nos próximos seis meses no Tesouro Direto, título público do governo com liquidez (disponibilidade) diária. Atualmente, há títulos prefixados do Tesouro Direto que pagam ao menos 11,20% ao ano, além dos pós-fixados, que remuneram o investidor de acordo com a alta ou baixa da taxa básica de juros, a Selic.

Já para quem pretende resgatar o dinheiro em um prazo de três anos, a ideia é ter uma estratégia um pouco mais arriscada, a exemplo dos fundos multimercados. Para um período maior, entre cinco e seis anos, o investidor pode buscar produtos mais agressivos na renda variável, com o objetivo de ter uma maior rentabilidade.

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